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Trump lamenta não ter agravado mais as tarifas e China prepara-se para deteriorar de relações

Este domingo a Casa Branca esclareceu que Trump nunca quis dizer que lamenta a guerra comercial com a China, mas sim que lamenta não ter agravado ainda mais as taxas alfandegárias. Já Pequim diz estar a preparar-se para um deteriorar das relações com Washington.

Reuters
25 de Agosto de 2019 às 21:23
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O mundo ficou surpreendido, este domingo, depois de ter sido avançado que o presidente norte-americano lamentava a guerra comercial com a China. Horas mais tarde, Stephany Grisham, assessora de imprensa da Casa Branca, esclareceu que Donald Trump tinha sido mal interpretado pelos media quando respondeu afirmativamente à pergunta sobre se tinha tido dúvidas quanto à guerra comercial que iniciou com Pequim.

 

"Ele não estava a lamentar a escalada das tensões comerciais mas sim a lamentar o facto de não ter aumentado ainda mais as tarifas aduaneiras", referiu a assessora numa declaração à imprensa.

 

A afirmação inicial de Trump foi amplamente divulgada porque o presidente norte-americano raramente põe em causa as decisões que toma.

 

O chefe da Casa Branca estava com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, este domingo, durante a cimeira do G7, quando lhe perguntaram se teve dúvidas quanto ao intensificar da guerra com Pequim. "Sim, claro, por que não?", respondeu Trump. "Tenho dúvidas sobre tudo", acrescentou.

 

Isto após Trump ter anunciado na sexta-feira ao final do dia um novo aumento das taxas aduaneiras sobre produtos chineses avaliados em 250 mil milhões de dólares, a partir de 1 de outubro (de 25% para 30%) e uma nova ronda de tarifas sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de bens chineses, de 10% para 15% (sendo que a primeira fase destas tarifas arranca a 1 de setembro) – em resposta ao agravamento anunciado pela China sobre o equivalente a 75.000 milhões de dólares de produtos norte-americanos (o que era já uma retaliação face às taxas acrescidas anunciadas pelos EUA).

 

As tensões entre as duas maiores economias do mundo têm derrubado os mercados, com especial relevo para Wall Street.

 

Este domingo, o chefe de redação do Global Times (jornal chinês gerido pelo Diário do Povo [People’s Daily – que é a publicação emblemática do Partido Comunista], Hu Xijin, declarou que a China está a preparar-se "seriamente" para um deteriorar das relações com os EUA.

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