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Novas expectativas de acordo EUA-China dão ganhos a Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, animadas pelo anúncio de que a China quer regressar à mesa das negociações com os Estados Unidos.

Reuters
26 de Agosto de 2019 às 21:06
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Os principais índices acionistas do outro lado do Atlântico estiveram a negociar no verde e fecharam com bons ganhos, deixando assim para trás o movimento de vendas da passada sexta-feira – quando o presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu às novas taxas aduaneiras da China e também anunciou um agravamento adicional das tarifas alfandegárias a partir de 1 de outubro.

 

Trump declarou esta segunda-feira que "a China contactou ontem à noite a nossa equipa [negocial]", dizendo que pretendia regressar à mesa das negociações. Esta notícia foi o suficiente para voltar a dar ânimo aos mercados.

 

O Dow Jones terminou a sessão a somar 1,05% para 25.898,83 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,10% para 2.878,38 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,32%, para 7.853,73 pontos.

 

Além da notícia dada por Trump de que Pequim quer retomar as conversações comerciais, também esta segunda-feira o principal responsável pelas negociações do lado chinês, Liu He (igualmente vice-presidente da China), deixou claro que o seu país quer pôr termo à guerra comercial. "Estamos desejosos de resolver o problema através de consulta e cooperação com uma atitude calma", afirmou. "Opomo-nos veementemente à escalada da guerra comercial", acrescentou.

 

Ao final do dia, o chefe da Casa Branca voltou a pronunciar-se sobre o andamento das negociações comerciais com a China. Apesar de o nível das sanções aplicadas de parte a parte ter subido de tom na última sexta-feira, o líder dos Estados Unidos garante que o contacto estabelecido durante o fim de semana aponta para uma vontade reforçada do lado chinês em conseguir um entendimento. "Penso que eles querem muito um acordo", afirmou Trump.

 

Recorde-se que na passada sexta-feira, ao final do dia, Trump anunciou um novo aumento das taxas aduaneiras sobre produtos chineses avaliados em 250 mil milhões de dólares, a partir de 1 de outubro (de 25% para 30%) e uma nova ronda de tarifas sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de bens chineses, de 10% para 15% (sendo que a primeira fase destas tarifas arranca a 1 de setembro) – isto em resposta ao agravamento anunciado pela China sobre o equivalente a 75.000 milhões de dólares de produtos norte-americanos (o que era já uma retaliação face às taxas acrescidas anunciadas pelos EUA).

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