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Moscovo desmobiliza infantaria estacionada na fronteira com a Ucrânia

Depois de várias semanas de escalada na tensão entre a Rússia e a Ucrânia, o encontro deste domingo entre Lavrov e Kerry poderá ter contribuído para a retirada das tropas russas que se mantinham em exercícios militares junto à fronteira com a Ucrânia há algumas semanas.

David Mdzinarishvili/Reuters
31 de Março de 2014 às 16:36
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A “CNN” avança que o Ministério da Defesa russo anunciou, esta segunda-feira, já durante a tarde em Lisboa, o final dos exercícios militares junto à fronteira com a Ucrânia e a consequente desmobilização das tropas de infantaria daquela região.

 

Depois de semanas de contínua escalada das tensões entre Moscovo, de um lado, e da Ucrânia, da Europa e dos Estados Unidos, do outro, este poderá ser um passo significativo de uma eventual preferência, por parte do Kremlin, pelo caminho das conversações diplomáticas.

 

Este sábado o Presidente norte-americano, Barack Obama, e o homólogo russo, Vladimir Putin, conversaram durante uma hora, via telefone, e deram luz verde ao regresso à via diplomática. Este domingo foi a vez dos chefes diplomáticos deste países, John Kerry e Sergey Lavrov, respectivamente, se encontrarem em Paris para tentar encontrar uma solução para a crise na Ucrânia.

 

Apesar de Washington e de as autoridades de Kiev discordarem da proposta de federalização da Ucrânia, avançada por Moscovo, os mais recentes desenvolvimentos poderão significar a aposta pelo diálogo e pela via diplomática.

 

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, encontra-se, esta segunda-feira, na Crimeia com o objectivo de estudar as medidas e reformas que permitam a captação de investidores internacionais para aquela península.

 

A retirada das tropas da fronteira russa com a parte oriental da Ucrânia, pode ser a demonstração de que o Kremlin começa a dar maior preponderância às questões geoeconómicas e não apenas às geopolíticas. Note-se que a economia russa tem sido severamente castigada pelas sanções económicas internacionais e a continuada desvalorização do rublo face ao dólar é um dos factores a comprovar a importância que a convivência internacional pacífica representa para o regime de Vladimir Putin.

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