Notícia
Guerra comercial entre EUA e China pode abrandar crescimento mundial de 2,9% para 2,2%
A consultora Wood Mackenzie considerou esta quarta-feira que uma escalada na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China pode abrandar o crescimento económico mundial de 2,9% para 2,2% nos próximos quatro anos.
28 de Março de 2018 às 14:27
Numa nota enviada à Lusa, o economista sénior Jonathan Butcher explica que "a principal preocupação é a retaliação e a escalada", já que o valor de 60 mil milhões de dólares em tarifas alfandegárias tem pouco impacto face aos valores globais do comércio.
"A China anunciou 3 mil milhões de dólares de tarifas para os bens importados dos Estados Unidos em resposta às novas taxas sobre alumínio e aço, mas se os EUA forem em frente e implementarem os últimos anúncios, esperamos que haja mais tarifas chinesas a serem aprovadas", acrescentou o economista, notando que deverão incidir sobre produtos agrícolas, "prejudicando os apoiantes rurais de Trump".
O risco de mais tarifas "é em si próprio um risco para a economia global", vinca o analista, já que "a ameaça de uma guerra comercial pode prejudicar o sentimento económico, abrandando a despesa dos consumidores e o investimento dos empresários".
Para já, a Wood Mackenzie considera que o risco de uma guerra comercial ainda é marginal, já que as "tarifas implementadas até agora são limitadas e o impacto é negligenciável" e, além do mais, "nenhuma das partes quer uma guerra comercial total".
No entanto, advertem: "Não há vencedores numa guerra comercial que se alastre ao Canadá e ao México; introduzir medidas protecionistas faz mais mal que bem à economia de ambos os países".
A decisão unilateral, anunciada pelos Estados Unidos no passado dia 08, de impor taxas de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio relançou o espectro de uma guerra comercial.
Esse risco aumentou na quinta-feira, quando a Casa Branca anunciou que pretende impor tarifas a importações chinesas que podem atingir os 60 mil milhões de dólares anuais, enquanto Pequim ripostou ameaçando as exportações norte-americanas, nomeadamente o sector da fruta.
Washington anunciou, também na quinta-feira, que vai lançar um processo contra a China junto da OMC, acusando Pequim de "infringir os direitos de propriedade intelectual" das suas empresas.
Na origem da tensão comercial entre as duas principais potências comerciais está o colossal défice comercial dos Estados Unidos com a China (375,2 mil milhões de dólares em 2017, segundo as autoridades chinesas).
"A China anunciou 3 mil milhões de dólares de tarifas para os bens importados dos Estados Unidos em resposta às novas taxas sobre alumínio e aço, mas se os EUA forem em frente e implementarem os últimos anúncios, esperamos que haja mais tarifas chinesas a serem aprovadas", acrescentou o economista, notando que deverão incidir sobre produtos agrícolas, "prejudicando os apoiantes rurais de Trump".
Para já, a Wood Mackenzie considera que o risco de uma guerra comercial ainda é marginal, já que as "tarifas implementadas até agora são limitadas e o impacto é negligenciável" e, além do mais, "nenhuma das partes quer uma guerra comercial total".
No entanto, advertem: "Não há vencedores numa guerra comercial que se alastre ao Canadá e ao México; introduzir medidas protecionistas faz mais mal que bem à economia de ambos os países".
A decisão unilateral, anunciada pelos Estados Unidos no passado dia 08, de impor taxas de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio relançou o espectro de uma guerra comercial.
Esse risco aumentou na quinta-feira, quando a Casa Branca anunciou que pretende impor tarifas a importações chinesas que podem atingir os 60 mil milhões de dólares anuais, enquanto Pequim ripostou ameaçando as exportações norte-americanas, nomeadamente o sector da fruta.
Washington anunciou, também na quinta-feira, que vai lançar um processo contra a China junto da OMC, acusando Pequim de "infringir os direitos de propriedade intelectual" das suas empresas.
Na origem da tensão comercial entre as duas principais potências comerciais está o colossal défice comercial dos Estados Unidos com a China (375,2 mil milhões de dólares em 2017, segundo as autoridades chinesas).