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China vai despedir cerca de 1,8 milhões de trabalhadores do aço e carvão

A China prepara-se para dispensar cerca de 1,8 milhões de trabalhadores da indústria do aço e carvão. Um número que representa perto de 15% da força de trabalho do sector naquele país.

Bloomberg
29 de Fevereiro de 2016 às 09:17
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Os sectores do aço e carvão chinês deverão sofrer uma redução drástica de colaboradores nos próximos tempos. A notícia é avançada pela agência Reuters, citando o ministro do Recursos Humanos e da Segurança Social, Yin Weimin. O corte está relacionado com o excesso de capacidade na indústria.

 

É a primeira vez que a China apresenta números que reforçam a dimensão da tarefa que o país enfrenta para lidar com o abrandamento económico e com empresas públicas sobredimensionadas. 

 

Em conferência de imprensa, Yin Weimin disse que 1,3 milhões de trabalhadores do sector do carvão e cerca de 500 do aço podem perder o emprego. Numa indústria que emprega cerca de 12 milhões de pessoas na China, de acordo com os números do instituto de estatística do país.

 

"Teremos que encontrar outro caminho para cerca de 1,8 milhões de trabalhadores. A tarefa será difícil mas estamos muito confiantes", disse Yin.

 

Para um governo obcecado com a estabilidade, colocar um travão no desemprego e a qualquer perturbação que daí advenha tem sido uma prioridade.

 

O Governo central deverá canalizar cerca de 100 biliões de yuan (139,8 mil milhões de euros) durante dois anos para recolocar os trabalhadores dispensados na sequência dos esforços da China para travar o excesso de capacidade, tinha revelado fonte oficial do executivo na passada semana.

 

O número dos despedimentos é baseado nas metas definidas pelo governo, segundo refere, um estudioso do sector que trabalha com Academia de Ciências Sociais da China, um dos mais prestigiados 'think tank' do executivo.

 

A segunda maior economia do mundo cresceu 6,9% em 2015, a subida mais baixa em 25 anos e o governo espera um crescimento entre 5,9 e 6% para este ano.

 

Apesar da desaceleração, não tem havido conhecimento de despedimentos em massa como aconteceu durante a crise global, quando cerca de 28 milhões de trabalhadores perderam o emprego (1998-2003).

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