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FMI pede ao G20 plano coordenado de estímulos económicos

A instituição de Christine Lagarde admite que os desenvolvimentos recentes apontam para maiores riscos de a recuperação económica "descarrilar" e pede aos países do G20 um plano coordenado de estímulos económicos.

Bloomberg
25 de Fevereiro de 2016 às 11:11
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) incitou as maiores economias do mundo a juntarem esforços e tomarem medidas ousadas para impulsionar o crescimento, destacando preocupações de que a turbulência nos mercados globais esteja a começar a prejudicar a economia real.

 

O alerta da instituição liderada por Christine Lagarde foi dado na quarta-feira, dois dias antes de um encontro em Xangai que vai reunir os ministros das Finanças do G20 e os governadores dos bancos centrais das maiores economias do mundo.

 

"A economia global precisa de acções multilaterais ousadas para estimular o crescimento e conter o risco", sublinha o relatório do FMI, citado pela Reuters. "O G20 deve planear um apoio coordenado à procura usando a margem orçamental disponível para aumentar o investimento público e complementar as reformas estruturais."

 

O encontro de Xangai já está a ser comparado com a reunião do G20 em Abril de 2009, quando as autoridades acordaram um conjunto de estímulos coordenados para evitar uma depressão global durante a crise financeira.

 

Contudo, o secretário do Tesouro norte-americano Jack Lew já veio travar as expectativas em torno de um plano de emergência na cimeira desta semana, garantindo, em entrevista à Bloomberg TV, que algumas economias estão melhor do que se pensava, e que os investidores "não devem esperar uma resposta a uma crise, num ambiente de não crise".

 

O FMI nota, porém, que o crescimento económico global está a desacelerar, e as economias emergentes atravessam tempos difíceis, penalizadas pela desaceleração da China e pela descida dos preços das matérias-primas.

 

"Estes desenvolvimentos apontam para maiores riscos de a recuperação económica descarrilar", sublinha o relatório.

 

As economias do G-20 devem, por isso, utilizar todas as ferramentas disponíveis para impulsionar o crescimento, mas não depender demasiado da política monetária.

 

"Do lado da procura, a política monetária acomodatícia continua a ser essencial, onde a inflação ainda esteja abaixo das metas dos bancos centrais", refere o FMI. "No entanto, é necessária uma abordagem abrangente para reduzir a excessiva dependência da política monetária. Em particular, a política orçamental de curto prazo deve ser mais favorável, quando apropriado, e desde que haja margem de manobra orçamental ".

 

Em Janeiro, o Fundo reviu em baixa as estimativas de crescimento da economia global de 3,6% para 3,4%. No relatório divulgado esta quarta-feira, a instituição admite fazer uma nova revisão em Abril. 

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