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Banco Mundial não espera uma acção concertada do G20 para suportar a economia

O presidente do Banco Mundial não acredita que os líderes do G20 anunciem uma acção concertada para travar a desaceleração da economia global, devido aos diferentes problemas que cada país enfrenta.

Bloomberg
23 de Fevereiro de 2016 às 10:52
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A economia global tem dado alguns sinais de abrandamento. Para o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, a economia entrou num "território sem precedentes", com os países a lidarem com dificuldades diferentes, o que deixa pouco espaço para uma resposta concertada por parte dos líderes do Grupo dos 20 esta semana.

"Há muita incerteza, há muita instabilidade e flutuações nos mercados globais", realçou Jim Yong Kim, citado pela Bloomberg. O mesmo responsável acredita, porém, que apesar destes problemas não acredita "que estamos num ponto em que vamos ver algum tipo de acção concertada, focada num sector ou noutro".

A economia global, que tem estado no centro das preocupações dos investidores, continua a dar sinais de abrandamento, apesar das medidas "não ortodoxas" conduzidas pelos países. "Estamos a assistir a taxas de juro negativas no Japão, taxas de juro negativas na Europa e até nos EUA, ainda que não estejam ainda negativas, a noção que isso possa ser possível foi colocada em cima da mesa, por isso isto é um território completamente sem precedentes", explicou Kim.

Os líderes das 20 principais economias do mundo encontram-se no final desta semana, sendo que o abrandamento da economia global, bem como a forma como a política monetária pode responder a esta desaceleração, e a situação na China dominam a agenda do encontro.

Várias instituições têm vindo mesmo a rever em baixa as suas estimativas para a economia global em 2016, como é o caso do Banco Mundial. A organização cortou a previsão de crescimento para este ano para 2,9%, abaixo dos anteriores 3,3%, segundo um relatório divulgado este mês. No ano passado, a economia global cresceu 2,4%, quando as estimativas apontavam para um avanço do PIB mundial de 2,8%.

"É difícil imaginar um cenário em que todos tomariam uma acção particular a nível orçamental, monetário ou outro tipo de políticas porque há produtores de petróleo e importadores de petróleo, exportadores de matérias-primas e importadores de matérias-primas… há uma grande diferença nos modelos económicos", rematou o presidente do Banco Mundial.

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