"Os países em desenvolvimento foram o motor do crescimento global após a crise financeira, mas agora encaram um ambiente económico mais difícil", indicou o presidente do BM, Jim Yong Kim (na foto), ao apresentar o relatório "Perspetivas económicas globais", no qual os países da América Latina registam um recuo da expansão para apenas 0,4%.

O documento semestral do organismo internacional insiste nos efeitos sobre as economias emergentes do antecipado aumento dos custos de financiamento devido à subida das taxas de juro nos Estados Unidos, e da queda dos preços das matérias-primas e do petróleo.

Em paralelo, e durante uma conferência de imprensa, o economista-chefe do BM, sublinhou que, "de forma lenta, mas segura, o terreno sobre o qual se sustenta a economia mundial está a mudar".

"Com um crescimento calculado de 7,5% este ano, a Índia está, pela primeira vez, a liderar a classificação de crescimento das principais economias", acrescentou.

O maior corte das previsões do BM foi para a América Latina, cuja economia deverá ter um crescimento de apenas 0,4% em 2015, face aos 1,7% avançados há seis meses. Um recuo atribuído pelo Banco às prolongadas secas, à baixa confiança dos investidores e à queda dos preços das matérias-primas.

O BM ressalva, em concreto, os prognósticos de contracção do Brasil em 1,3% para 2015, motivada pela "queda do investimento" e o escândalo de corrupção da Petrobras.