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Bolsa chinesa afunda mais de 6% com sinais de fraca liquidez
As acções registaram a maior queda no espaço de um mês, apesar dos esforços do banco central de injectar liquidez no mercado.
As acções da praça de Xangai fecharam esta quinta-feira, 25 de Fevereiro, com uma queda de mais de 6%, a maior no espaço de um mês, perante sinais de fraca liquidez no mercado.
O Shanghai Composite encerrou o dia a cair 6,41% para os 2.741,245 pontos, acumulando uma queda superior a 20% desde o arranque do ano.
A taxa de recompra de depósitos registou o maior aumento em mais de duas semanas (subiu 16 pontos base para 2,12%), numa altura em que surgem novas exigências de reservas para os bancos chineses.
Acumulam-se assim os sinais de fraca liquidez no sistema financeiro chinês, apesar da injecção de 580 mil milhões de yuan (80 mil milhões de euros) no sistema levados a cabo esta semana pelo banco central. Ainda esta quinta-feira o banco anunciou mais 47,21 mil milhões de euros para a recompra de obrigações aos bancos.
Os analistas consideram, no entanto, que a liquidez que está a ser injectada no mercado é insuficiente para os bancos financiarem as acções de recompra.
De acordo com a Bloomberg, cerca de 400 acções caíram mais de 10% na sessão de hoje, numa altura em que regressam as preocupações com o desempenho da segunda maior economia do mundo e na véspera da reunião do G20 que decorrerá no país.
"O mercado está numa situação frágil e todos tentam procurar uma saída. (…) Nenhuma notícia se mostrou suficiente para evitar uma queda destas" disse Zhang Gang, da Central China Securities, à Bloomberg.