Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas em alta, petróleo em queda e juros inalterados
Os principais índices europeus abriram no verde, apesar da forte queda dos mercados chineses e depois da recuperação de Wall Street na quarta-feira. Os juros da dívida seguem pouco alterados em dia de leilão de recompra em Portugal.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 1,61% para 4.664,72 pontos
Stoxx 600 ganha 1,3% para 324,38 pontos
Nikkei valorizou 1,41% para 16.140,34 pontos
Juros da dívida portuguesa a 10 anos recuam 0,1 pontos base para 3,465%
Euro aprecia 0,14% para 1,1028 dólares
Petróleo cai 0,78% para 34,14 dólares por barril em Londres
Europa em alta à boleia de Wall Street e resultados
A recuperação das praças norte-americanas na sessão de quarta-feira sobrepõe-se à forte queda da praça chinesa (superior a 6% perante sinais de fraca liquidez) e leva os mercados accionistas europeus a uma abertura com ganhos, os primeiros em três sessões.
Lisboa soma mais de 1%, com os papéis da Impresa em destaque: disparam 17,4%, com Pharol, Sonae e Mota Engil a avançar mais de 2%. A Altri soma quase 1% em dia de resultados. Apenas a Teixeira Duarte escapa aos ganhos, negociando inalterada.
Os investidores no Velho Continente aguardam ainda a divulgação de dados sobre a inflação.
Yields da dívida pouco alteradas
Os juros da dívida portuguesa no prazo a dez anos oscilam entre valorizações e depreciações muito ligeiras, em linha com as pares do sul da Europa, em dia de três leilões de recompra de obrigações portuguesas.
O IGCP vai hoje aos mercados para recomprar linhas de dívida que venceriam em 2017, 2018 e 2019. O montante indicativo para a compra não foi divulgado e a agência que gere a dívida pública portuguesa diz que dependerá das condições do mercado.
Moeda única avança, "yuan" prolonga quedas
O par euro/dólar regista o primeiro ganho em quatro sessões, com a moeda europeia a avançar 0,14% face à nota verde, para os 1,10 dólares.
A divisa chinesa, o yuan, cede pela quinta sessão (-0,07% para os 0,15 dólares), perante nova mexida na taxa de câmbio de referência no país e sinais de fraca liquidez, numa sessão em que a taxa de recompra junto dos bancos registou o maior aumento em mais de duas semanas e apesar da injecção acrescida de dinheiro por parte do banco central.
Petróleo continua a perder terreno
O preço da matéria-prima continua em queda nos mercados internacionais após ser conhecido que as reservas de crude nos Estados Unidos voltaram a aumentar.
Os dados da Administração de Informação de Energia mostram que, na semana passada, os stocks subiram em 3,5 milhões de barris, mantendo-se assim no nível mais elevado em 86 anos.
A penalizar o preço do petróleo estão também as últimas declarações do Irão sobre o acordo proposto pela Arábia Saudita e pela Rússia para congelar a produção. "Ridículo", dizem as autoridades iranianas.
O petróleo segue assim a perder 0,87% para 31,87 dólares em Nova Iorque, e 0,78% para 34,14 dólares no mercado londrino.
Ouro beneficia de especulação com juros nos EUA
O metal amarelo ganha terreno, perante a fraqueza das bolsas chinesas e especulação da manutenção dos juros nos Estados Unidos em patamares reduzidos por mais algum tempo. A onça de ouro ganha ligeiros 0,02% para os 1.239,30 dólares.
O preço da tonelada métrica de alumínio está entre os que mais avançam no índice de "commodities" da Bloomberg, perante sinais de que a fraqueza das moedas asiáticas (como o yuan) possam facilitar a exportação de matérias-primas metálicas produzidas naqueles mercados.
Destaques do dia
Santander financia Estado para comprar Banif. A venda do Banif não ficou apenas pelos activos e passivos do banco. O Santander aceitou emprestar 1,8 mil milhões de euros ao Estado, de modo a não afectar o financiamento de 2016. A operação aconteceu no auge da subida dos juros da dívida.
Nacionalização do Novo Banco viola compromissos europeus. Nacionalizar o Novo Banco, como sugere o PCP e admite o PS, implica pôr em causa princípios que são pilares da união bancária. E violar compromissos assumidos perante Bruxelas. Portugal é soberano. Mas a Europa pode tirar consequências.
Tabaqueiras e Estado ganham com atraso no Orçamento do Estado. O atraso na entrada em vigor do Orçamento permite às tabaqueiras antecipar sem quaisquer limites a entrada no mercado de produto ainda com o imposto antes de aumento. O Estado também ganha e a receita fiscal já disparou em Janeiro. O Governo espera encaixar 200 milhões.
Advogados indignados por receberem 25 euros por hora. A Associação Nacional de Freguesias (Anafre) assinou um protocolo com a Ordem dos Advogados (OA) para prestar consultas jurídicas gratuitas a pessoas com carência económica. Os advogados do Porto consideram que o pagamento de 25 euros por hora é indigno.
O que vai acontecer hoje
Apresentação de resultados da Altri (quarto trimestre de 2015)
PIB do Reino Unido (quarto trimestre de 2015)
Confiança dos consumidores da Alemanha (índice GfK de Março)