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Temer obtém primeira vitória após autorização para défice recorde  

Após uma maratona no Congresso, o presidente do Brasil viu ser aprovada a meta do défice para este ano: 170,5 mil milhões de reais. Será o pior resultado desde 1997.

Reuters
25 de Maio de 2016 às 09:52
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O Congresso do Brasil assistiu a mais uma maratona. Desta vez para aprovar as novas metas para as contas públicas, sendo que os deputados votaram ao lado de Michel Temer, numa sessão que terminou já depois da meia-noite em Brasília e durou cerca de 16 horas.

 

O novo presidente brasileiro conseguiu que o Congresso aprovasse o Executivo a fechar este ano com um défice orçamental de 170,5 mil milhões de reais (42,5 mil milhões de euros), o que compara com a anterior meta de excedente de 24 mil milhões de reais (6 mil milhões de euros).

 

Dilma Rousseff já tinha pedido uma revisão desta meta, mas para um valor bem inferior ao solicitado por Temer. A anterior presidente pretendia ter autorização para fechar o ano com um défice de 96 mil milhões de reais (24 mil milhões de euros).

 

Caso o congresso não aprovasse a nova meta, o Governo de Temer teria que implementar cortes drásticos na despesa pública e havia o risco de paralisar a máquina do Estado e eliminar apoios sociais.

 

Dai que o novo Governo brasileiro tenha considerado essencial o "ok" do Congresso à nova meta, embora os responsáveis do executivo de Temer assinalem que o novo valor é um tecto e o Executivo pretende fechar o ano com um défice inferior.

 

Segundo o Globo, caso seja atingido um défice de 170,5 mil milhões de reais, será atingido um recorde de pelo pelos 1997, ano em que as começaram a ser produzidas estatísticas sobre as contas públicas do país de acordo com o método actual.

 

A Bloomberg assinala que a vitória de Temer representa um importante sinal de que o novo presidente brasileiro tem o apoio do Congresso em Brasília. Mas haverá mais provas de fogo pela frente, já que Temer vai levar ao congresso várias medidas de austeridade que visam controlar as contas públicas.

 

"Existe a sensação de que o Governo tem uma coligação e passou no primeiro teste do processo legislativo", comentou à Bloomberg o analista político Rafael Cortez, adiantando que "a esperança é que agora consiga manter esse apoio para aprovar as medidas económicas".

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