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Deputado formaliza pedido de destituição de PR brasileiro Michel Temer

É o primeiro pedido de destituição contra o chefe de Estado com base na denúncia divulgada pelo jornal O Globo, segundo a qual Temer autoriza pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

REUTERS/Ueslei Marcelino
18 de Maio de 2017 às 07:45
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O deputado brasileiro Alessandro Molon, do partido Rede, formalizou na quarta-feira um pedido de destituição contra o Presidente do Brasil, Michel Temer, na Secretaria-Geral da Câmara Baixa do parlamento.

O pedido aconteceu pouco depois de o jornal brasileiro O Globo ter revelado que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual o Presidente Michel Temer o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.

"Já protocolei um pedido de impeachment [destituição] de Michel Temer com base nesta denúncia, nessa delação [da JBS], que trata do pedido de manutenção do pagamento de suborno para Eduardo Cunha para que ele manter o seu silêncio", disse o deputado, num vídeo divulgado na rede social Facebook.

Alessandro Molon continua a afirmar que "[a gravação mostra que o Presidente] fere directa e claramente a lei de responsabilidade [usada para iniciar pedidos de destituição no Brasil], que diz que ter um comportamento incompatível com o decoro do cargo é causa para cassação do mandato".

É o primeiro pedido de destituição contra o chefe de Estado brasileiro com base na denúncia divulgada quarta-feira pelo jornal O Globo.

Segundo o diário brasileiro, a gravação foi feita no dia 7 de Março, num encontro no Palácio do Jaburu, residência oficial do Presidente brasileiro.

Segundo o Globo, o empresário Joesley Batista disse alegadamente a Michel Temer que estava a dar ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador financeiro Lúcio Funaro uma mesada na prisão, para eles ficarem calados.

Após ouvir esta informação Michel Temer terá respondido: "Tem que manter isso, viu".

A gravação foi apresentada por Joesley Batista e Wesley Batista, irmãos e acionistas da JBS, aos procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o juiz Edson Fachin, que julga os casos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para negociar um acordo de delação premiada (colaboração em troca da redução da pena).
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