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Argentina tenta negociar depois de assumir ser "impossível" reembolsar dívida em Junho

A Argentina vai tentar chegar a um acordo com os credores para evitar entrar novamente numa situação de incumprimento, depois de ter assumido que será "impossível" reembolsar a dívida que vence a 30 de Junho. Em causa estão pouco mais de mil milhões de dólares.

Bloomberg
19 de Junho de 2014 às 13:16
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A justiça americana determinou que a Argentina terá de reembolsar dívida no valor total de 1,33 mil milhões de dólares (980 milhões de euros) aos detentores de obrigações que não participaram na reestruturação de dívida, no valor de quase 100 mil milhões de dólares, em 2002. Caso contrário, a Argentina não poderá financiar a dívida que tem de reembolsar no final deste mês através de bancos americanos.

 

Os receios em torno de um novo incumprimento por parte da Argentina estão a aumentar, num ambiente de alguma crispação entre a liderança argentina e a justiça americana. No início desta semana, depois de conhecida a decisão do Supremo Tribunal de Justiça dos EUA, a Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reagiu considerando que o seu país está a ser vítima de "extorsão" por parte dos "especuladores".

 

Depois desta reacção abrupta, a Argentina parece estar a tentar negociar com os credores uma forma de não voltar a entrar em bancarrota.

 

A decisão da justiça americana "torna impossível fazer o próximo pagamento da dívida reestruturada" e "mostra uma clara falta de vontade de negociar sobre condições diferentes" das determinadas "pelo juiz" do processo, afirmou o ministro da Economia argentina num comunicado, emitido ainda na quarta-feira, 18 de Junho, citado pela Reuters.

 

A imprensa local noticiou esta quinta-feira, 19 de Junho, que a Argentina vai tentar chegar a acordo para pagar a estes credores com obrigações. O jornal argentino "Ambito Financiero" revela que o país tenciona emitir até oito mil milhões de dólares para compensar os detentores de obrigações. Estes instrumentos de dívidas deverão estar garantidos pela banca de investimento, tal como aconteceu quando a Argentina pagou à Repsol pela expropriação da subsidiária YPF.

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