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Argentina tenta acordo com credores que não participaram na reestruturação de dívida de 2002

As obrigações de dívida argentina valorizaram após o anúncio de que as autoridades argentinas vão apresentar uma proposta de acordo aos detentores de dívida que não participaram na reestruturação de dívida de 2002.

Bloomberg
23 de Junho de 2014 às 18:01
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Será ainda esta segunda-feira que as autoridades da Argentina vão apresentar, em Nova Iorque, os termos da proposta relativa a um acordo que deverá prever o pagamento da dívida aos detentores de obrigações que, em 2002, acabaram por não participar na reestruturação da dívida daquele país.

 

A Presidente da Argentina, Cristina Kirchner, acusou, na semana passada, os "especuladores" de tornarem o seu país um alvo de "extorsão" e mostrou, entretanto, que o seu Executivo iria procurar negociar uma solução com os credores por forma a evitar novo incumprimento.

 

Mas se a agência Bloomberg escreve que a concretização deste acordo permitiria à Argentina regressar aos mercados internacionais pela primeira vez desde o "default" de 2001, Jane Brauer, economista do Bank of America, alerta para o facto de ser difícil que as conversações se concretizem num acordo antes do dia 30 de Junho, data em que vence a dívida em causa.

 

As obrigações argentinas, a vencer em 2033, valorizaram 7,68 cêntimos de dólar para os 84,47 cêntimos, o valor mais elevado desde Agosto de 2011, escreve a Bloomberg. A reacção positiva dos mercados indicia que o risco de incumprimento da dívida por parte de Buenos Aires é menor, facto que também contribuiu a redução de 0,36 pontos percentuais das "yields".

 

O jornal argentino Clarín avança que os advogados, em representação do Governo argentino, irão pedir ao juiz norte-americano Thomas Griesa, responsável pelo processo que divide o Governo da Argentina e os detentores de obrigações de dívida deste país, "condições de negociação justas e equitativas para os 100% de obrigações".

 

Recentemente a justiça norte-americana determinou que o Governo de Buenos Aires tem de reembolsar os 1,33 mil milhões de dólares (980 milhões de euros) de dívida aos detentores de obrigações que optaram por não fazer parte da negociação com vista à reestruturação da dívida argentina.

 

(Notícia actualizada às 18h10m com mais informação) 

 

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