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Ferro Rodrigues: Investigação às viagens ao Euro é "um mistério"
Em entrevista à TSF, Ferro Rodrigues considera um mistério como é que a justiça demora um ano a investigar as viagens de governantes ao Euro pagas pela Galp, quando era um assunto público. Misterioso e ridículo, diz.
Um mistério. É como Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, define o processo de investigação judicial às viagens pagas pela Galp de ex-secretários de Estado, que acabaram por ser constituídos arguidos e se demitiram.
"Como é que uma coisa que foi óbvia, porque disseram logo que lá tinham ido, só passado um ano há esta situação. São mistérios da justiça portuguesa. Não percebo como demorou um ano a ser investigado, todos eles assumiram que tinham feito, e que a empresa também justificou, porque é que é nesta altura do campeonato é que vem ao de cima esta questão, que os leva a demitirem-se, que é uma posição pessoal", declarou Ferro Rodrigues em entrevista à TSF.
O mistério é da demora, mas também pelo processo. "Para mim há um mistério nisto que é o fato de haver um empresa que patrocinava a selecção nacional de futebol, a Galp, patrocinou a equipa e a selecção, ter feito uns convites a umas pessoas e elas terem aceite, onde é que isto configura um crime parece-me totalmente absurdo. É a minha posição de princípio, pessoal, não é a posição institucional da Assembleia da República", afirma.
Apelidou de misterioso e até de ridículo. "Tudo isto me parece um pouco rídiculo". Quando questionado sobre deputados que também viajaram com empresas para jogos do Euro, o presidente da Assembleia diz não fazer ideia. "Eu estive num jogo, pago pela Assembleia da República", já que combinou com o Presidente da República e o primeiro-ministro a deslocação a França para apoiarem a selecção.