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DST ganha prémio em Munique com capacete inteligente que ajuda a salvar vidas
O grupo bracarense , que emprega quase quatro mil pessoas, vai inicialmente implementar o “Smart HardHat” nas suas empresas, com “a expectativa de alargamento a nível nacional e internacional, tornando-se uma referência global em equipamentos de proteção individual”.
Projetado pelo grupo DST e desenvolvido em parceria com o CENTI - Centro de Tecnologia e Inovação e o DTx - Digital Transformation CoLAB, o Smart HardHat foi a escolha do público e venceu a categoria "Protótipos & Novos Produtos" no prestigiado concurso da OE-A – Organic and Printed Electronics Association, organizado durante a LOPEC 2025, que decorreu no final de fevereiro em Munique, Alemanha.
Combinando tecnologias de sensorização impressas e comerciais, inteligência artificial e um design ergonómico, o Smart HardHat é apresentado como um capacete inteligente para a segurança dos trabalhadores, posicionando-se como uma inovação diferenciadora que pode salvar vidas no setor da construção e mineração.
"Este prémio representa um importante reconhecimento da inovação tecnológica aplicada à segurança no setor da construção e mineração, destacando o impacto transformador desta solução no mercado global", enfatiza o grupo liderado por José Teixeira, em comunicado.
Entre as principais funcionalidades do Smart HardHat, a DST destaca "a monitorização contínua de parâmetros vitais (batimentos cardíacos, temperatura corporal, deteção de quedas) com alarmística automática; a avaliação ambiental em tempo real (presença de gases, níveis de ruído, temperatura); o sistema de localização sem GPS, permitindo o seu funcionamento em áreas sem cobertura satélite (interior, exterior e subsolo); o botão SOS impresso e sensível ao toque para alertar as equipas de segurança em caso de emergência; e a comunicação inteligente com plataforma central para análise de dados e prevenção de acidentes".
A DST vai inicialmente implementar o "Smart HardHat" nas suas empresas, com "a expectativa de alargamento a nível nacional e internacional, tornando-se uma referência global em equipamentos de proteção individual", ambiciona o grupo bracarense, que emprega cerca de 3.800 pessoas e ultrapassou os 700 milhões de euros de faturação no ano passado.
"Dotado de múltiplos sensores, inclusive com inteligência artificial treinada no capacete vai permitir aumentar significativamente a segurança em ambiente de obra e industrial. A atuação rápida com base na alarmística pode salvar vidas, e essa é a nossa maior motivação", afirma João Daniel Pereira, responsável pelo desenvolvimento na empresa de I&D do grupo DST, a innovationpoint, que considera que o prémio conquistado na LOPEC 2025 "valida o potencial deste projeto e o interesse que desperta no mercado".
O Smart HardHat surge no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) do R2UTechnologies Innovation Pact, e resulta da colaboração entre a DST, o CENTI e o DTx CoLAB, uma parceria que permitiu o desenvolvimento de uma ideia de inovação do departamento de segurança do grupo DST, cuja responsável, Paula Rodrigues, sublinha que "a materialização deste projeto representa uma aposta do grupo DST na evolução da segurança, com vista à prevenção e saúde dos trabalhadores".