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Centeno espera 100 milhões por ano com perdão fiscal

  A estimativa do Governo aponta uma amortização de 100 milhões de euros por ano nas dívidas dos contribuintes. Ministro das Finanças reitera que défice deste ano será cumprido.

2º Mário Centeno, 1.199 notícias - O ministro das Finanças foi um dos protagonistas do ano e surge em segundo lugar, com uma média de três notícias por dia, menos de metade das do líder do seu Governo
Miguel Baltazar
09 de Outubro de 2016 às 16:16
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Os membros do Governo têm recusado avançar com estimativas de impacto do perdão fiscal aprovado esta semana em Conselho de Ministros, mas Mário Centeno revelou a estimativa que o Governo tem em cima da mesa.

 

O Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado (PERES) deverá render 100 milhões de euros por ano, revelou o ministro das Finanças em entrevista à RTP, que foi transmitida este fim-de-semana.

 

"A estimativa que temos é que ao longo do período de implementação do programa, em cada ano, uma verba próxima dos 100 milhões de euros seja amortizada dessa divida", revelou Mário Centeno.

 

O PERES, que o governo tem recusado ser um perdão fiscal, prevê que até ao próximo dia 20 de Dezembro as empresas e famílias que tenham dívidas ao Fisco e à Segurança Social poderão avançar com um pagamento integral das mesmas obtendo, dessa forma, um perdão dos juros e custas associadas.

 

O plano prevê o pagamento de prestações mensais de, no mínimo, uma unidade de conta, no caso das famílias (102 euros), e duas unidades de conta, no caso das empresas (2014 euros). O PERES permitirá o pagamento imediato de dívidas ao Fisco e à Segurança Social com perdão de juros e de custas ou, em alternativa, a adesão a planos prestacionais de até 150 prestações distribuídas ao longo de doze anos e meio. Neste caso à cabeça será cobrada, logo à cabeça, uma parcela de 8% do total em dívida.

 

O primeiro-ministro afirmou na sexta-feira, 7 de Outubro, que "não vai existir nenhum perdão fiscal", garantindo que que o objectivo do regime especial é criar condições para que as empresas possam pagar, mas "sem perdão daquilo que devem".

 

Défice de 2016 será cumprido

 

Logo após a apresentação do PERES, o porta-voz do PS assegurou que a iniciativa não tem por objectivo garantir uma melhor execução orçamental, que Galamba afiança estar "em linha" com o previsto.

Na entrevista à RTP, Centeno reafirmou esta perspectiva e afirmou que a meta do défice de 2,5% do PIB este ano, será cumprida.


"No primeiro semestre a melhoria do défice face ao ano passado foi o dobro daquilo que está subjacente para o conjunto do ano no Orçamento de 2016 e isso dá-nos essa confiança para até ao final do ano ter uma execução dentro dos objectivos", afirmo o ministro.


Sobre as previsões macro-económicas que o Governo vai introduzir no Orçamento, Centeno não quis revelar números. Se a estimativa de crescimento do PIB "vai ser 1,1% ou acima de 1,1%, é uma matéria que tornaremos clara no Orçamento do Estado".

Como vai funcionar o programa especial de pagamento de dívidas ao Fisco?

 


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O Governo aprovou um novo regime que permite a quem tem dívidas ao fisco e à Segurança Social pagá-las na totalidade e ficar dispensado de juros e custas. Saiba como funciona.

 

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