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Moscovici sobre Portugal: "Esperamos que divergências desapareçam ou sejam reduzidas"

Na apresentação das previsões de Outono, o comissário para os Assuntos Económicos explicou os motivos pelos quais Bruxelas não acredita na descida do défice em 2018 e mostrou-se confiante na redução das divergências.

09 de Novembro de 2017 às 12:15
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A Comissão Europeia adoptou uma posição mais conservadora na elaboração das previsões para Portugal sobre o défice, o que explica que não esteja a prever uma redução do défice entre 2017 e 2018. O comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros diz esperar que as divergências desaparecem ou que se reduzam e mostra-se confiante nos resultados do diálogo que o executivo comunitário mantém com as autoridades portuguesas. 

Na conferência de imprensa de apresentação das Previsões de Outono, Pierre Moscovici afirmou que a Comissão adoptou premissas "mais conservadoras para 2018 quanto à evolução de alguns itens da receita" e antevê uma pressão em sentido ascendente do lado das despesas. 

Nas previsões divulgadas esta quinta-feira, que já têm em conta a proposta do Orçamento do Estado (OE), o défice orçamental estabilizará entre 2017 e 2018 em 1,4% (em vez de baixar de 1,4% para 1% do PIB como inscrito no OE), o défice ajustado de medidas extraordinárias cairá de 1,6% do PIB para 1,4% do PIB (metade do ajustamento antecipado pelo Governo, que estima uma redução de  0,8 pontos) e o saldo estrutural permanecerá estável, em vez de melhorar 0,5 pontos percentuais de PIB como antecipado no Orçamento – no que configura um desvio de quase mil milhões de euros entre as contas de Bruxelas e Lisboa, e representa um cenário ainda pior que o admitido na análise ao esboço orçamental

"Estamos a trocar pontos de vista com as autoridades portuguesas", disse o responsável pelo acompanhamento das questões orçamentais dos vários estados-membros, acrescentando, porém, ter um "sentimento positivo". 

"Esperamos que estes fossos sejam fechados ou reduzidos", afirmou, em Bruxelas, quando questionado pelos jornalistas sobre se a Comissão não acredita na consolidação das contas públicas portuguesas. 

Tal como Centeno, também Moscovici argumentou com o percurso que Portugal tem feito até agora. "O histórico é positivo", lembrou o comissário, referindo-se ao caminho feito pelas autoridades nacionais na frente orçamental até agora. 
 
O comissário não avançou mais, guardando a posição final do executivo comunitário para finais de Novembro.  

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