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Moscovici sobre Portugal: "Esperamos que divergências desapareçam ou sejam reduzidas"
Na apresentação das previsões de Outono, o comissário para os Assuntos Económicos explicou os motivos pelos quais Bruxelas não acredita na descida do défice em 2018 e mostrou-se confiante na redução das divergências.
A Comissão Europeia adoptou uma posição mais conservadora na elaboração das previsões para Portugal sobre o défice, o que explica que não esteja a prever uma redução do défice entre 2017 e 2018. O comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros diz esperar que as divergências desaparecem ou que se reduzam e mostra-se confiante nos resultados do diálogo que o executivo comunitário mantém com as autoridades portuguesas.
Na conferência de imprensa de apresentação das Previsões de Outono, Pierre Moscovici afirmou que a Comissão adoptou premissas "mais conservadoras para 2018 quanto à evolução de alguns itens da receita" e antevê uma pressão em sentido ascendente do lado das despesas.
"Estamos a trocar pontos de vista com as autoridades portuguesas", disse o responsável pelo acompanhamento das questões orçamentais dos vários estados-membros, acrescentando, porém, ter um "sentimento positivo".
"Esperamos que estes fossos sejam fechados ou reduzidos", afirmou, em Bruxelas, quando questionado pelos jornalistas sobre se a Comissão não acredita na consolidação das contas públicas portuguesas.
Tal como Centeno, também Moscovici argumentou com o percurso que Portugal tem feito até agora. "O histórico é positivo", lembrou o comissário, referindo-se ao caminho feito pelas autoridades nacionais na frente orçamental até agora.
O comissário não avançou mais, guardando a posição final do executivo comunitário para finais de Novembro.