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Moscovici diz que recuperação económica vai chegar aos cidadãos

Foi um comissário optimista que esta quinta-feira apresentou as Previsões de Outono da Comissão Europeia. Moscovici falou em "nova fase" de recuperação que vai além da melhoria dos indicadores, mas não escondeu desafios.

Miguel Baltazar
09 de Novembro de 2017 às 12:53
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O comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros mostrou-se esta quinta-feira optimista quanto à recuperação económica na União Europeia e na Zona Euro e antecipou uma "nova fase" em que a retoma é também sentida pelos cidadãos.

"Entrámos numa nova fase de recuperação [económica] com um impacto concreto nos indicadores e também sentida pelos cidadãos", disse Pierre Moscovici na conferência de imprensa de apresentação das Previsões de Outono da Comissão Europeia, divulgadas hoje.

Por vezes, a retoma económica é visível nos indicadores, mas ainda não é sentida pelas pessoas no seu dia-a-dia. O que o comissário disse hoje foi que a recuperação da economia vai finalmente chegar à vida dos cidadãos.  

Como mensagens principais, o comissário destacou o "maior crescimento em 10 anos" na Zona Euro este ano, o desempenho do emprego, que no espaço da moeda única avança ao "nível mais alto de sempre" e a melhoria das perspectivas orçamentais.

"Depois de cinco anos de recuperação moderada, o crescimento da Europa está agora a acelerar. Vemos sinais positivos em muitas frentes, com maior criação de emprego, aumento do investimento e reforço das finanças públicas."

Apesar das boas notícias, Moscovici defendeu que os riscos de recuperação permanecem ligados ao "ainda moderado crescimento dos salários" e à "folga persistente" que existe no mercado de trabalho.

As "boas notícias" para a Zona Euro e para a União Europeia não devem, porém, esconder os desafios que estão pela frente. "Temos de consolidar este crescimento", disse o comissário, desafiando os países a aumentarem o potencial de crescimento.

"No entanto, persistem alguns desafios, na forma de uma dívida elevada e de um aumento limitado dos salários. Será necessário um esforço determinado dos estados-membros para garantir a durabilidade desta expansão e a repartição equitativa dos seus frutos. Será igualmente necessário continuar a assegurar a convergência estrutural e a reforçar a área do euro para aumentar a capacidade de resistência aos choques futuros e garantir que possa ser um verdadeiro motor de prosperidade partilhada. As próximas semanas serão decisivas para esse processo", afirmou o comissário. 

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