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Necessidades de financiamento de Portugal entre as mais altas das economias avançadas

O FMI confirma a sua previsão de 2,9% do PIB para o défice orçamental deste ano. As necessidades de financiamento do Estado são das maiores entre as economias mais ricas do mundo.

Bruno Simão
13 de Abril de 2016 às 15:44
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Entre amortizações de dívida e défice orçamental, a República Portuguesa tem necessidades de financiamento equivalentes a 18,4% do produto interno bruto (PIB) em 2016, mostram os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Um valor superior à média das economias avançadas (17,2%) e apenas ultrapassado por Japão (41,1%), Estados Unidos (19,8%) e Itália (18,7%).

 

O problema não é propriamente o défice. O FMI antecipa que Portugal terá um défice orçamental de 2,9% do PIB este ano, o que, embora seja menos optimista do que os 2,2% esperados pelo Governo português, fica abaixo da média de 3,1% das economias avançadas.

 

O indicador onde Portugal compara mal com os restantes países desenvolvidos é nas amortizações de dívida previstas para este ano, equivalentes a 15,5% do PIB. Neste caso, a República Portuguesa está acima da média dos avançados (14,2%), sendo, também aqui, apenas superado por Japão, Estados Unidos e Itália.

 

O "Fiscal Monitor" – documento publicado hoje pelo FMI – não traz grandes novidades em relação à evolução das contas públicas portuguesas, uma vez que essa informação já foi quase toda publicada na terceira avaliação pós-programa, divulgada no arranque deste mês. O Fundo mantém assim a sua estimativa de défice para este ano nos 2,9%, antecipando que ele fique igual em 2017. Sem mais informação sobre o que acontecerá no futuro, no que diz respeito a medidas e conjuntura, os técnicos de Washington esperam que o saldo orçamental fique sempre abaixo dos 3% até 2021.

 

Quanto à dívida pública, como já se sabia, o FMI espera um alívio lento, de 127,9% do PIB este ano para 123,8% em 2021. Na média das economias das economias avançadas, o nível é mais baixo, mas a evolução será igualmente lenta, passando de 107,6% para 102%.

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