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FMI: "Mercados parecem questionar o papel dos políticos" no crescimento da economia

A turbulência vivida nos mercados no arranque do ano é reveladora, diz o FMI, da descrença dos investidores nos políticos para encontrarem o caminho para o crescimento.

Bloomberg
13 de Abril de 2016 às 14:00
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Os mercados viveram um arranque de ano marcado por uma elevada volatilidade. Um sobe e desce constante que revela, na perspectiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), o nervosismo dos investidores. E traduz as dúvidas relativamente à capacidade de os políticos encontrarem uma solução para um crescimento sustentável das economias.

"Os mercados financeiros parecem estar a questionar a capacidade dos políticos para darem uma resposta cabal aos recorrentes ataques disruptivos nos mercados e apresentarem uma solução para um crescimento sustentável das economias e para a estabilidade financeira. Esta apreensão resulta do excesso de dependência dos bancos centrais e da insuficiente capacidade de criação de reformas que dêem confiança", nota o FMI.

No "Global Financial Stability Report", o FMI diz que esta "crescente incerteza política" resulta dos conflitos geopolíticos, do terrorismo, das vagas de refugiados, entre outras que se não forem resolvidas "podem contagiar os mercados financeiros". O fundo dá especial destaque ao risco do Brexit que pode pesar nas perspectivas dos mercados.

Na ausência de medidas adicionais que entreguem um mais balanceado mas potente "mix" de políticas, "episódios de turbulência nos mercados podem acontecer, pode haver um maior aperto nas condições de financiamento e haver uma erosão na confiança", algo que "poderá afectar seriamente a nossa perspectiva base e aumentar o risco de passagem para um cenário negativo de persistência de baixa inflação e estagnação económica", alerta o FMI.

É perante este cenário que, diz o fundo, os políticos têm um papel fundamental de delinearem um rumo para o crescimento sustentável. "É vital e urgente", refere. "Essas medidas irão dar resposta aos crescentes riscos negativos e abrir caminho para uma mais forte e balanceada recuperação que suportará o sistema financeiro", remata.
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