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FMI: Seguradoras aumentaram risco sistémico nos últimos anos

O relatório de estabilidade financeira global alerta que os órgãos de supervisão e regulamentação devem assumir uma abordagem mais macroprudencial ao tratar do sector.

Bloomberg
04 de Abril de 2016 às 14:30
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Não é novo, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) volta a sublinhar para a importância do sector segurador. Diz que a contribuição das seguradoras de vida para o risco sistémico aumentou nos últimos anos, instando os órgãos de supervisão a estarem mais atentos tanto às grandes companhias como às mais pequenas.

"Nas economias avançadas, a contribuição das seguradoras de vida para o risco sistémico aumentou nos últimos anos, embora ainda permaneça claramente abaixo da contribuição dos bancos", refere o relatório de estabilidade financeira global revelado esta segunda-feira, 4 de Abril.


Este aumento da contribuição deste sector "deve-se em grande medida ao aumento das exposições comuns ao risco agregado, em parte devido à maior sensibilidade das seguradoras às taxas de juros", isto num contexto em que as políticas monetárias dos bancos centrais a nível mundial levou os juros para zero, ou mesmo para "terreno" negativo.


"Na eventualidade de um choque adverso, as seguradoras provavelmente não cumprirão sua função de intermediários financeiros precisamente quando outras partes do sistema financeiro tão pouco estão a conseguir fazê-lo", diz o FMI,


É perante este cenário que o fundo liderado por Christine Lagarde defende que "os órgãos de supervisão e regulamentação devem assumir uma abordagem mais macroprudencial". "Isso é necessário para que a supervisão vá alem da protecção contra os riscos de solvência e contágio de companhias individuais e enfrente o risco sistémico decorrente das exposições" destas.


"Entre as medidas que complementariam uma iniciativa rumo a políticas macroprudenciais mais firmes está a adopção de normas de capital e transparência pelo sector no plano internacional", refere o documento, acrescentando que "o comportamento diferente de seguradoras menores e mais fracas justifica a atenção dos órgãos de supervisão".

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