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Estabilidade financeira? Os riscos “aumentaram”, diz o FMI
Se nas economias desenvolvidas é a deterioração das perspectivas que aumenta os receios, nos emergentes é a queda do preço do petróleo. O resultado é um aumento dos riscos, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A estabilidade financeira mundial está menos estável. O Fundo Monetário Internacional (FMI) vê um "aumento dos riscos" desde o seu último relatório, há seis meses, tanto por via da deterioração das perspectivas para a economia por parte dos países desenvolvidos como pela queda dos preços das matérias-primas que está a pressionar as economias em desenvolvimento.
"Os riscos à estabilidade financeira global aumentaram desde o 'Global Financial Stability Report' de Outubro de 2015", refere o FMI. "Nas economias desenvolvidas, as perspectivas deterioraram-se devido ao aumento da incerteza e ao recuo no crescimento e na confiança", nota.
E "as disrupções nos mercados globais vieram aumentar estas pressões", acrescenta o fundo liderado por Christine Lagarde, sublinhando que "a turbulência no mercado registada no início deste ano mostrou que os choques económicos e financeiros podem, rapidamente, reverberar para a economia global".
Mas também há pressões nas economias em desenvolvimento. "A queda no preço do petróleo e das restantes matérias-primas tem mantido os riscos elevados nas economias emergentes, sendo que a maior incerteza sobre a transição no modelo de crescimento da China aumentou o contágio aos mercados globais", refere o FMI.
Todos estes desenvolvimentos são preocupantes, na perspectiva do FMI. "Estes desenvolvimentos vieram apertar as condições financeiras, reduzir o apetite pelo risco [por parte dos investidores], aumentar o risco de crédito e frustrar a reparação dos balanços [de empresas, mas principalmente dos bancos], minando a estabilidade financeira", remata.