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Mourinho Félix: Portugal mantém acesso tranquilo aos mercados

O secretário de Estado do Tesouro e Finanças desvaloriza a pressão dos últimos meses sobre a dívida pública. Reconhece que há mais volatilidade, mas garante que ainda assim o país tem tido acesso tranquilo aos mercados.

Bruno Simão/Negócios
20 de Setembro de 2016 às 12:52
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"Não é minha opinião" que haja riscos de acesso ao mercado, afirmou Ricardo Mourinho Félix à margem da conferência "A Dívida Pública Portuguesa: perspectivas num contexto de incerteza" organizada pelo Centro de Investigação de Direito Europeu, Económico, Financeiro e Fiscal  da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, respondendo à avaliação da Comissão Europeia de que o país permanece exposto a mudanças súbitas de sentimento nos mercados que poderá dificultar o financiamento da República.

 

"Temos tido um acesso confortável aos mercados. Reconhecemos que vivemos em tempos de incerteza. E que a volatilidade veio para ficar para Portugal e não só", reforçou ainda à margem da conferência. Antes, na sua intervenção inicial, o secretário de Estado já tinha aludido ao tema: "Este tem sido um trabalho de grande exigência, que permite à República Portuguesa uma execução tranquila do seu plano de financiamento e a manutenção de custos de financiamento moderados", defendeu.

 

Para o governante, a confiança dos investidores será mantida com um cumprimento escrupuloso das metas orçamentais, mas também com uma comunicação clara aos mercados,  com a manutenção de uma almofada financeira para seis meses de financiamento, e com a estabilização do sistema financeiro.

 

"Num contexto de elevada incerteza não basta uma política orçamental responsável", é necessário também que os investidores estejam descansados sobre o risco do país. E Mourinho Félix garante que estão: "as agências de notação financeira têm vindo repetidamente a mostrar-se confortáveis com a notação atribuída à dívida portuguesa" afirmou, esperando que mesmo a DBRS, a agência canadiana que é a única que atribuiu notação de investimento ao país, venha a confirmar a sua avaliação em Outubro.

 

Além disso,  "o Governo tem tido uma política prudente de gestão da tesouraria, com uma almofada de cerca de 6 meses", a qual "deverá manter-se até que volte a ser classificado com nível de investimento pelas agências de rating", acrescentou ainda o governante.

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