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Carlos Moedas: "Foi uma década, quase uma década, para corrigir os erros de uma outra década"
Comissário Carlos Moedas diz que os portugueses estão de parabéns e sublinha esforço exigido pelo ajustamento orçamental, que levou quase uma década. Dombrovskis urge Governo a adoptar reformas.
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É um "excelente dia" para Portugal, diz Carlos Moedas, a propósito da proposta de saída de Portugal do Procedimento dos Défices, lembrando ao mesmo tempo que levou quase uma década ao país para corrigir os erros de uma década. A mensagem do comissário português alinha com as dos seus colegas de Comissão, Pierre Moscovici e Valdis Dombrovkis, que anunciaram a decisão de Bruxelas de propor o fecho do procedimento aberto em 2009.
"É um dia importante para Portugal e é um dia em que os portugueses estão de parabéns. Nunca nos podemos esquecer que foi uma década, quase uma década, para corrigir os erros de uma outra década", afirmou pela manhã Carlos Moedas, numa conferência no CCB, em Lisboa, onde lembrou o esforço que o ajustamento orçamental dos últimos exigiu: "Em 2009, o país tinha um défice de quase 10% do PIB. Significava que gastávamos quase mais 20 mil milhões de euros do que aquilo que recebíamos, em termos do Estado. Isso mostra como os erros em economia se corrigem, mas corrigem com grandes custos e grandes sacrifícios", afirmou.
"Hoje temos uma imagem totalmente diferente na Europa. A Europa olha para Portugal como um país robusto, que cumpre e que faz e isso é extremamente importante", afirmou ainda o comissário português, considerando que hoje é "um excelente dia" que "pode realmente ser o princípio de uma liberdade de escolha maior e uma capacidade de investir e de tomar decisões que até agora não podíamos tomar", disse, minutos depois das intervenções em Bruxelas de Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão e Pierre Moscovici, o comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, que também felicitaram Portugal.
"Este é um dia importante para Portugal. Recomendamos a revogação do Procedimento por Défice Excessivo para Portugal e esperamos que os Estados-Membros apoiem a nossa recomendação. Esta revogação simboliza o caminho muito longo que Portugal e os portugueses percorreram para ultrapassar as dificuldades da crise, inverter a direcção da economia e colocá-la de novo no trilho do crescimento. O feito de hoje deve-se, antes de mais, ao povo português", afirmou por seu lado Valdis Dombrovkis, que aproveitou para recomendar "que Portugal continue empenhado num ambicioso plano de reformas estruturais que deve incluir, entre outros, continuar no caminho das políticas orçamentais responsáveis e garantir uma despesa pública mais eficiente; fazer face ao aumento dos custos dos sistemas de saúde e pensões; um maior reforço do seu setor financeiro, que inclui dar resposta aos elevados níveis de crédito mal parado". "Recomendamos também uma atenção contínua no que se refere à melhoria das políticas do mercado de trabalho, em especial o auxílio a quem procura emprego", acrescentou numa síntese das recomendações específicas ao país divulgadas hoje.
Pierre Moscovici, sublinhou que com a provável saída de Portugal e da Croácia do PDE (a decisão tem de ser aprovada pelo Conselho), ficarão apenas quatro países nessa situação (Espanha, França, Grécia e Reino Unido): "Trata-se de uma boa notícia para os portugueses. É um reconhecimento dos esforços do povo português. Em 2011, eram 24 os países com PDE. Hoje, são quatro. Isto permitiu consolidar finanças públicas e tornar as economias mais sãs. Podemos dizer que estamos num bom caminho."
"É um dia importante para Portugal e é um dia em que os portugueses estão de parabéns. Nunca nos podemos esquecer que foi uma década, quase uma década, para corrigir os erros de uma outra década", afirmou pela manhã Carlos Moedas, numa conferência no CCB, em Lisboa, onde lembrou o esforço que o ajustamento orçamental dos últimos exigiu: "Em 2009, o país tinha um défice de quase 10% do PIB. Significava que gastávamos quase mais 20 mil milhões de euros do que aquilo que recebíamos, em termos do Estado. Isso mostra como os erros em economia se corrigem, mas corrigem com grandes custos e grandes sacrifícios", afirmou.
"Este é um dia importante para Portugal. Recomendamos a revogação do Procedimento por Défice Excessivo para Portugal e esperamos que os Estados-Membros apoiem a nossa recomendação. Esta revogação simboliza o caminho muito longo que Portugal e os portugueses percorreram para ultrapassar as dificuldades da crise, inverter a direcção da economia e colocá-la de novo no trilho do crescimento. O feito de hoje deve-se, antes de mais, ao povo português", afirmou por seu lado Valdis Dombrovkis, que aproveitou para recomendar "que Portugal continue empenhado num ambicioso plano de reformas estruturais que deve incluir, entre outros, continuar no caminho das políticas orçamentais responsáveis e garantir uma despesa pública mais eficiente; fazer face ao aumento dos custos dos sistemas de saúde e pensões; um maior reforço do seu setor financeiro, que inclui dar resposta aos elevados níveis de crédito mal parado". "Recomendamos também uma atenção contínua no que se refere à melhoria das políticas do mercado de trabalho, em especial o auxílio a quem procura emprego", acrescentou numa síntese das recomendações específicas ao país divulgadas hoje.
Pierre Moscovici, sublinhou que com a provável saída de Portugal e da Croácia do PDE (a decisão tem de ser aprovada pelo Conselho), ficarão apenas quatro países nessa situação (Espanha, França, Grécia e Reino Unido): "Trata-se de uma boa notícia para os portugueses. É um reconhecimento dos esforços do povo português. Em 2011, eram 24 os países com PDE. Hoje, são quatro. Isto permitiu consolidar finanças públicas e tornar as economias mais sãs. Podemos dizer que estamos num bom caminho."