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BPI: Há riscos económicos mas “nenhum deles implica preocupações no curto prazo"

O BPI acredita que a DBRS vai manter o "rating" de Portugal e que o Orçamento do Estado será aprovado, com o apoio do PCP e do BE. O banco de investimento considera ainda que apesar "dos riscos" que assomam, "nenhum deles implica preocupações maiores no curto prazo."

Bloomberg
31 de Agosto de 2016 às 12:52
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"Apesar das preocupações, o ‘rating’ soberano deve ficar igual", é assim que se intitula a nota de análise do BPI, sobre a situação económica e financeira de Portugal. 

 

"A execução orçamental está bem encaminhada até agora, com a despesa bem controlada a compensar uma colecta de receita desapontante", afirma o economista José Miguel Cerdeira na nota a que o Negócios teve acesso. A casa de investimento adianta que a execução orçamental está "até melhor do que o esperado, no que respeita aos objectivos absolutos de défice."

 

Já as receitas "estão a aumentar muito abaixo do objectivo definido, mas isto está a ser compensado por um crescimento ainda mais moderado da despesa – prevista aumentar mais do que as receitas no Orçamento do Estado", explica.

 

Os últimos dados divulgados pela Direcção Geral do Orçamento (DGO) revelaram que o défice orçamental nos primeiros sete meses do ano fixou-se nos 4.980,6 milhões de euros, quase o dobro do que se observava em Junho: 2.867 milhões. Ainda assim, o saldo orçamental de Julho representa uma melhoria de 542,8 milhões face a 2015.

Por trás desta melhoria do saldo – que fica aquém dos 971 milhões observados até Junho – está um crescimento de 2,8% da receita e de 1,3% da despesa.

Tendo em consideração os dados existentes, ainda que a incerteza dos próximos meses se mantenha, o BPI prevê "que o Executivo seja capaz de manter a execução [orçamental] no caminho certo, provavelmente mantendo cortes discricionários."

 

"Há algumas preocupações de curto prazo para as finanças portuguesas" com o BPI a prever "algum ruído político relacionado com o orçamento de 2017", mas a acreditar que "este deve ser aprovado", com "o apoio dos partidos que sustentam o Governo."

 

Quanto a uma possível alteração no "rating" de Portugal, o BPI considera pouco provável que a DBRS corte a notação financeira do país, já que "as fortalezas realçadas pela DBRS não mudaram", em causa está o facto de Portugal pertencer à Zona Euro em conjunto com uma estrutura de maturidade da dívida favorável e vulnerabilidades económicas reduzidas.

 

O BPI faz assim uma análise da situação económica e financeira de Portugal, referindo-se também ao caso da Caixa Geral de Depósitos, que deverá elevar o endividamento e o défice nacional, considerando que apesar "dos riscos" que assomam "nenhum deles implica preocupações maiores no curto prazo."

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