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Um ponto de situação da crise grega: À espera da reunião do Eurogrupo

Os avanços, recuos, rumores, reuniões, cartas e declarações avulsas nas redes sociais exigem que se faça um ponto de situação da crise grega. Eis o que se está a passar até este momento. Altura em que parece abrir-se a porta a um novo acordo com a Grécia mas que se recomenda prudência nas conclusões. Já tudo aconteceu.

Bloomberg
Negócios 01 de Julho de 2015 às 12:47
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Comecemos pelos três principais acontecimentos de hoje, um que aconteceu, dois calendarizados:

 

1. O primeiro-ministro grego escreveu à troika a aceitar a proposta de actuação prévia ("prior actions") mas com "alterações, mais medidas e clarificações". Não se sabe se continuará a haver referendo.

2. O Eurogrupo vai reunir-se esta quarta-feira às 16h30, através de teleconferência.

3. O BCE também tem uma reunião esta quarta-feira. O facto de a Grécia ter pedido um terceiro programa e o FMI ter decretado "atraso" no pagamento e não incumprimento dá ao BCE margem legal para continuar a apoiar os bancos gregos – que estão fechados e com limites nos levantamentos e transferências para o exterior.



A reviravolta deu-se, inesperadamente, na terça-feira dia 30 de Junho. Eis em cinco rápidos pontos o que aconteceu:

1. A Grécia pediu um terceiro resgate depois de confirmar que não pagaria ao FMI.

2. O Eurogrupo reuniu-se de emergência ao fim do dia de terça, em face desse pedido de terceiro resgate. A imprensa internacional revela que Varoufakis terá proposto desistir do referendo trocando-o por corte na dívida. Relatos de que os outros ministros ficaram furiosos.

3. Ao fim do dia de terça-feira o FMI declarou "atraso" no pagamento grego, em vez de "incumprimento".

4. A Grécia pediu ao FMI para pagar mais tarde a sua dívida de 1,6 mil milhões de euros.

5. Ao decretar "atraso" e não "incumprimento, o FMI volta a salvar a Grécia. Permite ao BCE continuar a apoiar a banca grega e não cria o risco de se desencadearem pedidos antecipados de amortização por parte dos outros credores, nomeadamente os chamados fundos "abutres" e até os países do euro que fizeram empréstimos directos à Grécia. Tal como o pedido de terceiro resgate também permite ao BCE continuar, se quiser, a injectar liquidez nos bancos gregos declarando-os solventes.

 

Estamos a acompanhar esta crise no euro com a Grécia no centro do furacão ao minuto há uma semana.

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