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Estados Unidos avisam Atenas de que sem acordo haverá “dificuldades imediatas”

De olhos postos no impasse a que chegou a crise que envolve a Europa e a Grécia, o Governo norte-americano alerta para os perigos que podem decorrer se as duas partes não chegarem a acordo. Nesse caso, surgirão “dificuldades imediatas” porque “a incerteza não será boa para a Europa”.

18 de Fevereiro de 2015 às 18:43
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Os Estados Unidos aconselharam esta quarta-feira a Grécia a optar por "um caminho construtivo" no que concerne às negociações em curso com os seus credores internacionais, nomeadamente a União Europeia (UE).

 

De acordo com o La Repubblica, o secretário norte-americano do Tesouro, Jack Lew, revelou ter conversado com o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, ocasião aproveitada para lhe transmitir que a Grécia terá de enfrentar "dificuldades imediatas" caso não chegue rapidamente a uma plataforma de entendimento com os parceiros europeus.  

 

Lew terá ainda dito que "a incerteza não será boa para a Europa", pelo que instou Varoufakis a passar "aos factos". Na perspectiva de Jack Lew, Atenas deve optar por uma via mais pragmática, visão partilhada pela agência de notação Fitch que sustenta que a actual estratégia política prosseguida pela Grécia elevou os riscos sobre o país.

 

A resposta mediática de Yanis Varoufakis não se fez esperar. Via Twitter, o governante grego notou que que, de facto, Jack Lew disse-lhe que "um não acordo iria prejudicar a Grécia", mas acrescentou que isso "também prejudicaria a Europa". Varoufakis explicou que "o aviso foi para os dois lados" da contenda.

 

Os Estados Unidos mostram receio de que o impasse europeu possa reaviar um clima semelhante ao da crise financeira desencadeada em 2007.

 

Para já, porém, as informações conhecidas indicam que Atenas irá apresentar esta quinta-feira um pedido de extensão do empréstimo por um período adicional de seis meses. Será, portanto, um pedido de prolongamento do financiamento externo, mas não do resgate cujo programa em curso termina a 28 de Fevereiro.

 

Neste momento, as condições e exigências feitas de parte a parte estarão ainda a ser discutidas, mas aquela poderá ser a fórmula encontrada para que o novo Governo grego cumpra a promessa eleitoral de não requerer um novo programa de assistência junto da troika. Atenas pretende, nestes seis meses, implementar algumas das políticas previstas no programa eleitoral do Syriza, e ganhar tempo para decorrido este tempo poder apresentar aos parceiros europeus uma nova proposta que possa garantir a viabilidade financeira isolada da Grécia.

 

Falhado o acordo no Eurogrupo da última segunda-feira, Varoufakis mostrou-se confiante e assegurou que um acordo seria alcançado nas próximas 48 horas, algo entretanto protelado para amanhã. 

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