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Eurogrupo quer FMI “a bordo” no terceiro resgate à Grécia
Os ministros das Finanças da Zona Euro já estão reunidos, em Bruxelas, para aprovar o terceiro resgate à Grécia, depois de o parlamento grego ter dado luz verde ao memorando de entendimento. À chegada, os ministros insistiram na importância de ter o FMI envolvido no empréstimo internacional.
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À chegada ao Eurogrupo, em Bruxelas, foram vários os ministros das Finanças da Zona Euro que sublinharam a importância de o Fundo Monetário Internacional (FMI) estar envolvido no terceiro resgate à Grécia.
Entre eles está o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que insistiu que, sem o FMI, a Alemanha não poderá apoiar o empréstimo. A questão do envolvimento do fundo ainda não está totalmente esclarecida, já que a instituição liderada por Christine Lagarde coloca como condição para o seu envolvimento, uma reestruturação "dramática" da dívida grega. No entanto, os países europeus ainda não se comprometeram com um alívio da dívida grega, e o tema não será debatido em detalhe até Outubro.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, garantiu que o tema voltará a estar sobre a mesa nessa altura, e que o FMI poderá, então, entrar "a bordo".
"A sustentabilidade da dívida ainda é um grande ponto de preocupação, certamente, para o FMI, referiu Dijsselbloem à chegada ao encontro. "Vamos olhar de perto [para o assunto] em Outubro".
E continuou: "Espero que possamos ter certeza de que ela é sustentável, e fazer outras garantias, se necessário, de modo que o FMI possa vir a bordo em Outubro, porque isso é muito importante para todos nós".
O ministro das Finanças da Eslováquia, Peter Kazimir, apoiou a posição do congénere alemão. "Acredito que temos de estar todos a bordo, incluindo o FMI. Há duas abordagens possíveis: a reestruturação e o perdão. Politicamente, nesta altura temos de falar sobre reestruturação", afirmou.
Recorde-se que os ministros das Finanças da Zona euro estão reunidos esta tarde, em Bruxelas, para aprovar o terceiro resgate à Grécia. Caso isso não aconteça, os ministros poderão decidir um novo empréstimo-ponte a Atenas, menor e de curto prazo, que permita ao governo cumprir o pagamento de 3,2 mil milhões de euros ao BCE no próximo dia 20 de Agosto.
Contudo, os ministros das Finanças mostram-se confiantes no "ok" ao resgate. O encontro "não vai ser curto, vai haver perguntas, criticas, assuntos que terão de ser clarificados", sublinhou Dijsselbloem. Contudo, "esperamos ao final da tarde ter um resultado positivo".