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Economistas antecipam vitória de Macron nas presidenciais francesas

Vários economistas antecipam que o candidato centrista Emmanuel Macron vai ser o próximo presidente da França, de acordo com um inquérito realizado pela agência Bloomberg junto de 39 economistas.

Reuters
27 de Março de 2017 às 08:30
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A menos de um mês da primeira volta das eleições presidenciais em França, a agência Bloomberg realizou um inquérito junto de 39 economistas. Os especialistas acreditam que Emmanuel Macron, o candidato centrista, será o sucessor de François Hollande. Além disso, e de acordo com os resultados do estudo, a maioria dos economistas acredita que Macron é o candidato que tem maior possibilidade de melhorar o mercado de trabalho em França e para promover um aprofundamento do relacionamento gaulês com a União Europeia (UE).

O facto de os economistas anteciparem uma vitória de Emmanuel Macron nas próximas presidências francesas não é totalmente inesperado. A última sondagem, publicada na passada quinta-feira 23 de Março, mostrava que Emmanuel Macron é cada vez o mais forte candidato a vencer as presidenciais francesas. De acordo com a última sondagem da Harris Interactive para a France Televisions, Macron mantém a dianteira com 26% das intenções de voto, um ponto percentual à frente da candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen.

O inquérito da Bloomberg indica também que o antigo primeiro-ministro François Fillon será o melhor candidato para melhorar o défice orçamental e para captar maior investimento estrangeiro. E cerca de um terço dos economistas consultados acredita que uma vitória de Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional, não levaria a melhorias em nenhuma das áreas colocadas no questionário, ou seja, investimento, relacionamento com a UE, mercado de trabalho, défice, gastos dos consumidores, taxa de desemprego e comércio.

Contudo, alguns especialistas admitem que uma vitória de Marine Le Pen iria melhorar a segurança e a defesa em França.

Este domingo, Le Pen afirmou que se for eleita presidente da França a União Europeia "vai morrer", porque "as pessoas já não a querem". As afirmações da candidata presidencial foram feitas num comício em Lille, no norte do país, enquanto a dois quilómetros do local cerca de 500 manifestantes protestavam contra a presença de Le Pen na cidade. Marine Le Pen disse, citada pela agência Efe, que se ganhar as presidenciais, o país terá três grandes acontecimentos: a morte da UE, o fim da "globalização selvagem" e o "desmascaramento do multiculturalismo". A líder da extrema-direita reiterou que convocará um referendo sobre a saída da França da UE e prometeu que, se o perder, se demite de imediato.


"Uma vitória de Macron, que é actualmente o nosso principal cenário, seria positivo para a Europa e para os investimentos", disse Julien Manceauz, economista senior do ING Bank, em Bruxelas. "Contudo, o efeito no desemprego pode não ser muito rápido se Macron não complementar as suas políticas com fortes reformas laborais. Como provavelmente vai ter de lidar com um Governo que não está totalmente do seu lado, Macron vai ter de lidar tanto com a direita como com a esquerda, o que pode ser um exercício perigoso", acrescentou citado pela Bloomberg.

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