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Alemanha defende que França tem de acelerar as reformas para travar populismo

O ministro alemão dos Assuntos Europeus defende que a França tem de acelerar as reformas de forma a deter os problemas económicos e sociais que estão a impulsionar o populismo no país e a ascensão de Le Pen.

Bloomberg
21 de Março de 2017 às 07:58
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Michael Roth, ministro alemão dos Assuntos Europeus, defendeu numa entrevista à germânica SWR2 que a França tem de acelerar o processo de reformas para travar os problemas económicos e sociais que assolam o país e que estão a impulsionar o populismo e a ascensão de Marine Le Pen, líder da Frente Nacional. O governante, citado pela Reuters, assume que o presidente francês, François Hollande, deu início às reformas necessárias para tentar travar o populismo. Contudo, mais tem de ser feito.

"Estamos interessados em ver o nosso parceiro mais próximo na União Europeia regressar à estabilidade política, cultural, social e económica", afirmou o ministro alemão dos Assuntos Europeus. "Este caminho de renovação e mudança tem de ser acelerado de forma dramática", acrescentou, citado pela agência de informação.


Além disso, Roth defende que a União Europeia deve considerar as consequências potenciais das políticas que tem vindo a desenvolver, incluindo regras mais apertadas em termos orçamentais e do défice. "Devemos ter em mente os custos políticos. Se, no final, as políticas europeias de que somos também responsáveis impulsionarem Marine Le Pen para a presidência, acho que não devemos apoiar isso".

Esta segunda-feira, 20 de Março, realizou-se o primeiro debate televisivo entre os candidatos presidenciais. O debate televisivo foi marcado por acusações mútuas, mas a líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, foi o principal alvo das críticas, sendo acusada de querer levar o país "à ruína".

Uma sondagem, realizada pela Elabe, sobre este primeiro debate televisivo, indica que o candidato centrista, Emmanuel Macron, foi o mais convincente dos cinco candidatos, recolhendo 29% das preferências dos inquiridos, seguido do candidato à esquerda Jean-Luc Melenchon (20%) e dos 19% do candidato do centro-direita François Fillon e da candidata da extrema-direita Marine Le Pen.


Michael Roth defendeu na sua entrevista à rádio alemã, que o apoio de Macron à Europa é "extraordinariamente positivo". Isto depois de o candidato centrista ter estado, na semana passada, em Berlim e ter prometido reformar a economia francesa, se fosse eleito, e restabelecer a confiança com a Alemanha.

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