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Brexit: Governo britânico antecipa aumentos de impostos

A poucos dias do referendo no Reino Unido, o Governo diz que a quebra da actividade económica de um eventual Brexit implicará mais 38 mil milhões de euros em impostos. Os efeitos serão piores do que os da crise de 2008, dirá o ministro das Finanças.

Bloomberg
Negócios 15 de Junho de 2016 às 09:13
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Orçamentos rectificativos atrás de orçamentos rectificativos, subidas de impostos em cascata, cortes drásticos na saúde e na educação: este é o cenário negro que George Osborne traça caso os cidadãos britânicos confirmem as sondagens e votem a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. 

Numa altura em que há sondagens a darem ao "leave" uma vantagem assinalável, George Osborne, ministro britânico das Finanças, prepara-se para dramatizar uma eventual vitória do "leave". Num discurso que fará durante o dia de hoje, e que está a ser antecipado por diversos órgãos de comunicação social estrangeiros, Osborne deverá dizer que a redução do comércio e do investimento, só por si, deixariam um "buraco negro" de 38 mil milhões de euros nas contas públicas britânicas.

E para ilustrar os efeitos deste "buraco negro", Osborne, que deverá aparecer ao lado do trabalhista Alistair Darling, preparou um esboço de orçamento de emergência, com impactos detalhados por tipo de imposto: do imposto sobre rendimentos singulares, passando pelo imposto sobre heranças, alcool e petróleo, poucos escapariam. 

Do lado dos serviços públicos, o cenário seria igualmente dramático, com cortes na saúde, educação, defesa, polícias e transportes.
 

"Longe de libertar dinheiro para os serviços públicos, como a companha pelo ‘leave’ quer fazer crer, desistir da União Europeia significará menos dinheiro, milhares de milhões a menos", deverá garantir Osborne, que se dirá mais preocupado agora do que com a crise financeira de 2007/2008.
 

O ministro das Finanças convocará ainda  o nervosismo dos últimos dias dos investidores , a favor da sua tese: "Vejam o que já está a acontecer nos mercados" dirá ainda aos britânicos. 

No Reino Unido, os partidários do "leave" já reagiram à antecipação do discurso, e ao The Guardian, comentam que um discurso com esta carga dramática será lido como uma chantagem e terá o efeito contrário junto dos eleitores.

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