Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Parlamento sueco volta a chumbar proposta de governo e aproxima eleições

Como esperado, a tentativa de Stefan Lofven continuar como primeiro-ministro foi rejeitada pelo parlamento da Suécia, o que agrava o bloqueio político no país. Cenário de eleições antecipadas ganha força.

EPA
14 de Dezembro de 2018 às 12:37
  • ...

À segunda tentativa ainda não foi de vez. O parlamento da Suécia chumbou esta sexta-feira, 14 de Dezembro, a candidatura de Stefan Lofven a primeiro-ministro, isto depois de há precisamente um mês ter também rejeitado a tentativa do líder do Partido Moderado (centro-direita), Ulf Kristersson, de liderar a formação de um novo executivo.

Tento em conta que só restam duas tentativas para eleger um novo primeiro-ministro, e que o parlamento sueco chumbou já as candidaturas dos líderes das duas maiores forças políticas do país, o cenário de eleições antecipadas é cada vez mais real.

Até hoje nunca uma candidatura a primeiro-ministro tinha falhado na Suécia, o que mostra as dificuldades dos parlamentares suecos em lidar com a expressiva subida da extrema-direita (Democratas Suecos) nas eleições (17,5% dos votos) que decorreram há já mais de três meses.

Lofven, líder do Partido Social-Democrata (centro-esquerda) e primeiro-ministro interino, recebeu 116 votos favoráveis e 200 contra, mantendo a Suécia sem governo em plenitude de funções.

Andreas Norlen, presidente do parlamento e membro do maior partido da oposição (Partido Moderado), considera, em declarações citadas pela Reuters, que os partidos "estão a empurrar a Suécia para novas eleições". Depois de quatro candidaturas fracassadas a primeiro-ministro são convocadas eleições antecipadas.

Porém, dado que, pelo menos até ao momento, tanto o bloco de centro-esquerda (Partido Social-Democrata, Verdes e Partido da Esquerda) como o de centro-direita (Moderados, Democratas-Cristãos, Centro e Liberais) recusam negociar qualquer tipo de aliança ou acordo de incidência parlamentar com a extrema-direita, o mais certo nesta fase é que tenham de ser convocadas novas eleições. "Já decidi que vou dar passos para preparar esse cenário", admitiu o líder do parlamento Andreas Norlen.

Esta quarta-feira, o parlamento recusou a proposta de orçamento para 2019 apresentada pelo governo em funções liderado pelo centro-esquerda, acabando por aprovar o orçamento proposto por Ulf Kristersson.

Isto significa que seja qual for o próximo governo, terá de gerir as contas públicas suecas com base na proposta expansionista apresentada pelo centro-direita que inclui um corte de impostos no valor de cerca de 1,94 mil milhões de euros.

Ver comentários
Saber mais Suécia Stefan Lofven Ulf Kristersson Partido Moderado Democratas Suecos Andreas Norlen
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio