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Suécia: líder do centro-direita incumbido de formar governo

Ulf Kristersson recebeu a responsabilidade de tentar formar governo na Suécia, tendo agora um prazo de duas semanas para o conseguir. As hipóteses de o líder do centro-direita reunir os apoios necessários são escassas.

Reuters
02 de Outubro de 2018 às 16:18
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O líder do Partido Moderado (força mais representativa do bloco de centro-direita), Ulf Kristersson, foi esta terça-feira, 2 de Outubro, incumbido de formar governo na Suécia.

Foi o seu colega de partido e recém-eleito presidente do parlamento sueco, Andreas Norlén, a atribuir a responsabilidade a Kristersson, que agora dispõe de um período de duas semanas para tentar reunir os apoios necessários à formação de um executivo. As eleições gerais realizadas a 9 de Setembro tiveram um resultado inconclusivo, com o bloco de centro-esquerda (145 mandatos) praticamente empatado com o campo do centro-direita (144 mandatos).

Se esta primeira tentativa fracassar, a Constituição sueca prevê mais três tentativas. Se no final do processo não tiver sido encontrada uma solução governativa, haverá eleições gerais a realizar três meses após a última votação fracassada.

No entanto, Norlén irá ainda avaliar a proposta que lhe venha a ser apresentada por Kristersson, só depois decidindo se apresenta essa solução perante o parlamento para posterior votação.

 

Há precisamente uma semana, o ainda primeiro-ministro em funções e líder do Partido Social-Democrata (partido mais representado do bloco de centro-esquerda), Stefan Löfven, perdeu uma moção de confiança apresentada no parlamento depois de a extrema-direita (Democratas Suecos) se ter juntado ao centro-direita (Partido Moderado, Centro, Democratas-Cristãos e Liberais) para somar 204 votos contra o chefe de Governo interino.

Persiste, contudo, a dúvida quanto à capacidade para os partidos com assento parlamentar conseguirem encontrar uma solução. Desde logo porque, até ao momento, tanto o centro-esquerda como o centro-direita rejeitam encetar negociações com a extrema-direita, que ficou em terceiro nas últimas eleições (62 assentos parlamentares).

"Os partidos têm de repensar as suas posições para que possa ser formado um governo. Eu sou o líder parlamentar, não sou mágico", afirmou Andreas Norlén que, citado pela Reuters, mostra apreensão quanto ao bloqueio político que ameaça colocar em causa a tradicional estabilidade política sueca.

Ainda assim, o sistema sueco não exige que o candidato a primeiro-ministro obtenha apoio maioritário no parlamento, bastando-lhe que a maioria dos deputados não vote contra ele. Isso abriria espaço a que os Democratas Suecos não votassem contra Ulf Kristersson, pese embora esta força de extrema-direita insista que não apoiará nenhum governo que não tenha em conta a sua agenda política.

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