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Eleições suecas ditam impasse político com ascensão da extrema-direita

Os dois principais partidos, o vigente e o opositor Alliance, equilibraram forças no parlamento. A extrema direita ganhou poder, mas ainda assim menos do que as projecções apontavam.

10 de Setembro de 2018 às 08:27
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As eleições suecas terminaram sem a maioria absoluta de qualquer um dos partidos, com a coligação liderada por Lofven, o actual primeiro-ministro, a ganhar apenas um assento a mais do que o bloco opositor, o Alliance. A extrema-direita abalou as contas com um aumento de popularidade relativamente à última viagem às urnas, em 2014.

Num Parlamento com 349 lugares, o bloco de Lofven conseguiu eleger 144 deputados, enquanto o opositor Alliance leva 143 dos seus representantes. A extrema-direita dos Sweden Democrats tem direito a 62 lugares, abaixo das projecções mas ainda assim a conquistar quase um quinto do eleitorado - 17,6%.

Os resultados obtidos este domingo pelos Sweden Democrats comparam com os 12,9% que lhes entregaram 49 lugares desde a última eleição, há quatro anos. Foi o maior salto entre todos os partidos presentes no Parlamento. Ficaram, contudo, abaixo das projecções, com algumas a apontarem para que este partido se tornasse a segunda maior força política no país

Esta é a pior eleição desde 1921 para os sociais-democratas liderados por Lofven, que enfrenta agora praticamente "taco-a-taco" o líder do Alliance, Ulf Kristersson. Um dos temas nos quais se distinguem é precisamente a aceitação da agenda da extrema-direita, a qual foi liminarmente rejeitada por Lofven mas não por Kristersson, que não clarificou a respectiva posição.

A Suécia torna-se desta forma o mais recente país europeu em que o sentimento anti-imigração está a mudar o cenário político. Apesar de o Executivo actual ter conquistado um aumento do emprego, muitos suecos reagiram ao acolhimento de 600.000 migrantes que entraram na Suécia – um país de 10 milhões de habitantes – nos últimos cinco anos.  

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