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Quatro meses depois, Suécia tem novo Governo que exclui a extrema-direita

Esta sexta-feira concretizou-se o pré-anunciado acordo entre os partidos suecos para a formação de um novo Governo. De fora fica o partido de extrema-direita que ganhou força nas eleições de setembro.

5 Stefan Lofven – Suécia - 196,34 mil euros
REUTERS
18 de Janeiro de 2019 às 15:07
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O Parlamento sueco reconduziu o social-democrata Stefan Lofven (na foto) como primeiro-ministro da Suécia esta sexta-feira, 18 de janeiro. Depois de 131 dias de impasse político - o maior período da sua história -, os social-democratas alcançaram um acordo com os verdes, os centristas e os liberais e garantir a abstenção do Partido da Esquerda para formar Governo. Afastado do poder fica o partido de extrema-direita, os Democratas Suecos.

Na Suécia há dois blocos políticos: o da esquerda que junta o Partido Social-Democrata, Os Verdes e o Partido da Esquerda; e o da direita que junta os Moderados, o Partido do Centro, os Liberais e os Democratas-cristãos. Nenhum dos dois blocos conseguiu maioria nas eleições uma vez que o partido de extrema-direita, os Democratas Suecos, reforçou a sua votação, tornando-se o terceiro maior partido sueco. 

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Sveriges riksdag har nu utsett mig till statsminister. Jag tar mig an ansvaret med stor ödmjukhet och beslutsamhet. I kommuner och landsting är det politiska vardagsarbetet igång sedan flera månader. Det är hög tid att det ordinarie arbetet kommer igång också i riksdag och regering. Allt fler regeringar runt om i världen blir beroende av partier med en antidemokratisk agenda. Sverige stod i valet 2018 inför hotet om en liknande situation: att få en liten högerregering i händerna på Sverigedemokraterna. Men i Sverige står vi upp för demokratin och människors lika värde. Sverige väljer en annan väg och det är historiskt. Det har inte varit enkelt, men Sveriges mittenpartier har samlat sig och gjort vad som krävs. Genom Januariavtalet får Sverige en ny regering byggd på samverkan i mitten av svensk politik. Sverige får en handlingskraftig regering som inte är beroende av Sverigedemokraterna. Överenskommelsen bygger på tuffa kompromisser. Ingen har vunnit allt, alla har vunnit något. Den största vinnaren är Sverige. Det öppna samhällets värderingar säkras inte genom stora ord, utan när vi tillsammans angriper brister och samhällsproblem. Det är när vi står upp för och bygger det Sverige vi vill leva i som demokratin stärks för framtiden. På måndag kommer jag att tillkännage vilka ministrar som kommer att arbeta i regeringen och lämna min regeringsförklaring. Då startar den nya regeringen sitt arbete för ett starkare samhälle och ett tryggare Sverige!

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O desbloquear do impasse acontece com a quebra dos dois blocos tradicionais, o que acontece pela primeira vez em seis décadas. Os centristas e os liberais chegaram a acordo com Stefan Lofven para apoiar um Governo liderado pelo Partido Social-Democrata - o partido que ganhou as eleições, ainda que com o pior resultado do último século - em coligação com os Verdes.

Além disso, a abstenção do Partido da Esquerda possibilitou a formação do Governo. Tal acontece porque o sistema parlamentar sueco permite, teoricamente, que um Governo tome posse sem nenhum voto a favor, desde que não tenha uma maioria de votos contra.

"Nestes tempos em que as forças extremistas de direita estão a crescer em muitos países, a Suécia escolheu seguir outro caminho", afirmou o líder parlamentar social-democrata, Anders Ygeman, citado pela Bloomberg, depois de vencer o voto. Este será o segundo mandato de Lofven à frente do Governo sueco depois de cumprir um mandato de quatro anos. 

O Governo é formado quatro meses depois das eleições de setembro e após duas tentativas fracassadas. Caso este acordo falhasse, os partidos só teriam mais uma oportunidade de voto no Parlamento. Caso o quarto voto não fosse bem sucedido, a Suécia teria de ir para eleições antecipadas. 

Este novo Executivo resulta da conjugação de várias exigências dos partidos que o apoiam, mas terá de executar um orçamento expansionista com redução de impostos que foi aprovado durante o impasse político pela coligação de direita. Lofven terá ainda de satisfazer a vontade dos centristas e dos liberais de cortar nos impostos sobre o rendimento, mas sem alienar os seus parceiros à esquerda. 

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