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Partidos chegam a acordo para formar Governo na Suécia

Quatro meses depois das eleições, o atual primeiro-ministro terá garantido as condições para continuar a governar depois de um longo impasse.

EPA
11 de Janeiro de 2019 às 16:05
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A Suécia está perto de terminar o impasse político mais longo da sua democracia, algo a que os suecos não estão habituados. A ascensão dos nacionalistas deixou os dois blocos à direita e à esquerda sem maioria absoluta. No entanto, depois de duas tentativas falhadas, os blocos vão desfazer-se para viabilizar um Governo que mantém como primeiro-ministro o social-democrata Stefan Lofven (na foto).

Depois de quatro meses de negociações inconclusivas, os social-democratas conseguiram alcançar um acordo com os centristas e os liberais, que fazem parte da coligação de direita. De acordo com a Bloomberg, esta será a primeira vez em seis décadas que a coligação de Governo trespassa os dois blocos.

Numa conferência de imprensa esta tarde no Parlamento, em Estocolmo, a líder dos centristas, Annie Loof, anunciou o acordo e realçou a "importância" do mesmo para o país, referindo que foi "o melhor possível numa situação difícil". Este acordo permite que os social-democratas continuem no poder, depois de terem vencido as eleições por uma curta margem naquele que foi o seu pior resultado em 100 anos. 

O pacto inclui, além dos liberais e dos centristas - que não vão entrar no Governo -, os Verdes suecos. Ao todo, esta nova coligação reúne 167 deputados dos 349 do Parlamento sueco, ou seja, de acordo com a imprensa sueca, também será necessário o apoio "passivo" (não votar contra) do Partido de Esquerda para viabilizar o novo Governo. O sistema parlamentar sueco permite, teoricamente, que um Governo tome posse sem nenhum voto a favor, desde que não tenha uma maioria de votos contra.

No acordo constam medidas de alívio fiscal nos rendimentos e o agravamento fiscal na poluição e no setor financeiro. Além disso, os social-democratas cederam na legislação laboral, na legislação sobre habitação e na realização de testes de cidadania aos imigrantes para assegurar o apoio dos centristas e dos liberais.

Os partidos ainda vão reunir para acertar pormenores, mas o anúncio está feito e a solução em andamento. Desde a eleição de setembro que durava o impasse criado pela ascensão dos Democratas Suecos, o partido nacionalista que escalou para o terceiro mais votado, deixando os dois blocos tradicionais sem maioria. O próximo voto no Parlamento para a formação de um novo Governo acontece na próxima quarta-feira, 16 de janeiro.
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