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Governador do Banco da Finlândia doa um mês de salário a refugiados

Erkki Liikanen, governador do Banco da Finlândia, irá doar um mês do seu salário para ajudar os refugiados que se dirigem para o país. Também o primeiro-ministro finlandês anunciou que iria disponibilizar a sua casa do campo.

07 de Setembro de 2015 às 16:54
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O governador do Banco da Finlândia, Erkki Liikanen, anunciou esta segunda-feira, 7 de Setembro, que irá doar um mês do seu salário à Cruz Vermelha finlandesa, da qual foi presidente entre 2008 e 2014, para ajudar os refugiados que se dirigem para o país. No total são cerca de 10 mil euros. "Sei que este dinheiro vai chegar a quem mais necessita. Cada um faz o que sente que deve fazer dentro das suas possibilidades", escreveu Liikanen, na sua página do Facebook.


Já no sábado, dia 5 de Setembro, o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipilä, anunciou que vai oferecer a casa de campo, a norte da capital Helsínquia, a partir de Janeiro para albergar refugiados que cheguem ao país nórdico para solicitar asilo, um gesto que suscitou em simultâneo elogios e críticas. "O que devemos fazer agora é mostrar compaixão", pediu. O líder governamental da Finlândia estendeu o seu pedido a igrejas e organizações de voluntários, cita a rádio nacional YLE. "Espero que isto se transforme numa espécie de movimento que inspire muitos outros a fazer parte da resolução desta crise no asilo a refugiados". 

A sua posição terá inspirado o governador do Banco da Finlândia que fez questão de elogiar a decisão do primeiro-ministro. Erkki Liikanen disse ainda na sua declaração que a crise no Médio Oriente provocou "um êxodo de refugiados sem precedentes" nas últimas décadas e considerou que as grandes potências, em particular, deveriam responder com soluções políticas. "A tensão nas relações internacionais dificulta encontrar soluções, mas não devemos render-nos. Necessitamos da contribuição dos Estados Unidos, Rússia, dos países do Médio Oriente e da União Europeia", sublinhou.

 

No entanto, o governador do Banco da Finlândia sublinhou que a ajuda não é um papel ou responsabilidade exclusiva às grandes potenciais e que, enquanto se tentam encontrar soluções, os cidadãos também devem envolver-se da forma que considerarem possível para ajudar os refugiados que chegam à Finlândia em fuga das guerras e em busca de asilo.

 

O Parlamento finlandês estipula anualmente a quota de refugiados com base no orçamento de Estado. Desde 2011 que o máximo de número de asilos concedidos é de 750 por ano, mas devido à gravidade dos conflitos sírios o número aumentou em 2014 e 2015 para 1.050 admissões por ano.

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