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PCP defende necessidade de "atacar as causas" da crise dos refugiados
O secretário-geral do PCP defendeu a necessidade de "atacar as causas" da crise de refugiados do Médio Oriente na Europa, citando as "políticas" de Estados Unidos, NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e União Europeia".
No encerramento da 39.ª Festa do "Avante!", na Quinta da Atalaia, Seixal, Jerónimo de Sousa falou das "imagens chocantes de centenas de milhares de seres humanos que chegam à Europa ou morrem às suas portas, fugindo da guerra, da pobreza, do desemprego, da destruição dos seus países", os quais considerou "sujeitos a processos de ingerência e de domínio imperialista".
"Aos hipócritas discursos, nós afirmamos: é necessário dar resposta ao drama humanitário, respeitar os direitos, criando condições para uma verdadeira integração. Mas é necessário, acima de tudo, atacar as causas - as políticas de EUA, NATO e UE, na destabilização e pilhagem de recursos desses países, pondo termo às agressões e não desenvolver outras, seja com que pretexto for, incluindo o falso pretexto de preocupação com os próprios refugiados", disse.
O líder comunista apelou à luta "pelo progresso dos povos" e "desenvolvimento soberano dos Estados", "contra o militarismo e o desrespeito pelo direito internacional", e voltou a condenar a realização de um grande exercício militar da NATO em Portugal e outros países mediterrânicos, no próximo outono.