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Merkel exige solidariedade de países europeus na crise dos refugiados

A chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu esta segunda-feira solidariedade dos países europeus para fazer face à crise dos refugiados depois de, durante o fim-de-semana, se terem registado mais de 15 mil pedidos de asilo só na Alemanha.

Angela Merkel é a Mais Poderosa 2015
A famosa pergunta que terá sido feita por Kissinger passou a ter resposta inequívoca. É a Angela Merkel que se telefona quando se precisa de resolver um problema na Zona Euro, na Europa, e até além dela. O seu poder é mais visível nos momentos difíceis. E é por isso que  regressa ao pódio em 2015. Foi ela que teve na mão a chave de soluções, embora precárias, para dilemas globais: a guerra na Ucrânia, a crise grega e o drama humano dos refugiados e imigrantes.
07 de Setembro de 2015 às 11:37
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"Só com a solidariedade europeia podemos superar este número", afirmou Merkel, ao apresentar esta segunda-feira, 7 de Setembro, uma série de medidas para assegurar o acolhimento de todos os refugiados que estão a chegar à Alemanha.

 

De acordo com a Angela Merkel, a Alemanha é um país aberto "ao acolhimento de pessoas que precisam de ajuda, mas outros países europeus também podem acolhê-los e têm de garantir que o fazem respeitando os direitos humanos".

 

"Os perseguidos políticos devem encontrar apoio em todos os países europeus e não só na Alemanha", afirmou, lembrando que o acordo de Dublin permanece em vigor.

 

Merkel aproveitou a sua comparência perante a comunicação social para expressar o seu agradecimento às autoridades dos estados federais, dos municípios e aos milhares de voluntários que cooperaram para facilitar a chegada dos refugiados durante o fim-de-semana.

 

"A população em geral mostrou uma imagem do nosso país que nos permite sentir um pouco de orgulho", afirmou Merkel.

 

O vice-chanceler e ministro da Economia, Sigmar Gabriel, que compareceu conjuntamente com Merkel, disse que a Alemanha irá acolher este ano cerca de 800 mil refugiados e está disposto a enfrentar e superar esse número a longo prazo, mas é necessário o apoio de outros países europeus.

 

Gabriel acrescentou ainda que a situação actual irá ser enfrentada com um misto de confiança e realismo.

 

"Confiança porque as pessoas mostraram a sua disposição de ajudar e realismo porque temos que ter claro que também haverá problemas e conflitos e quanto mais abertamente falarmos disso mais êxito teremos em desmistificar os receios de alguns", disse Gabriel.

 

Os partidos do Governo acordaram na reunião que terminou esta madrugada uma serie de medidas que deverão passar no parlamento antes de final de Outubro.

 

Entre essas medidas destinam-se 3.000 milhões de euros adicionais ao orçamento federal de 2016 para a ajuda aos refugiados. Esses fundos deverão ser repartidos entre os estados federais e os municípios.

 

Os estados federais vão ter mais 3.000 milhões destinados ao mesmo fim.

 

O orçamento de 2015 havia destinado a mil milhões de euros para o mesmo efeito.

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