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Plataforma de Apoio aos Refugiados integra já 30 instituições

Cerca de 30 organizações aderiram já Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), hoje apresentada em Lisboa, e que espera começar a receber as primeiras famílias, maioritariamente sírias, em finais de Outubro.

Reuters
04 de Setembro de 2015 às 18:04
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A Comunidade Islâmica de Lisboa é uma das entidades que faz parte do projecto e que manifestou disponibilidade para receber cerca de 250 refugiados, seja qual for a proveniência, embora espere que sejam maioritariamente sírios.

 

"Não têm de ser muçulmanos, até podem ser ateus", disse o líder da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Vakil, que se fez acompanhar por um representante da Fundação Islâmica na sessão de apresentação da PAR à comunicação social.

 

A importância do acolhimento de famílias com crianças em situação de fuga de territórios em guerra ou sob perseguição foi contada na primeira pessoa por Sabina, uma arquitecta de 37 anos, a residir em Portugal desde os anos 90, quando fugiu com a mãe e a irmã da guerra na Bósnia. Só mais tarde o pai teve oportunidade de viajar para Portugal.

 

A integração fez-se em Soure, através de uma família de acolhimento. Sabina e a irmã fizeram a formação superior em Coimbra e acabaram por casar com portugueses.

 

"Abandonámos o nosso país sem nada", contou aos presentes na sessão.

 

O caso foi apresentado por Rui Marques, um dos mentores da iniciativa e presidente do Instituto Padre António Vieira, como um exemplo de integração em pequenas comunidades.

 

O acolhimento aos refugiados, frisou, é "um grande desafio de toda a Europa".

 

A lista de organizações da sociedade civil que está a aderir à PAR continua a crescer. Entre elas figura a Amnistia Internacional, a Cais, a Caritas Portuguesa e o Conselho Português para os Refugiados.

 

O modelo de funcionamento escolhido foi "uma instituição - uma família". Para os cidadãos que procuram informação para colaborar realiza-se hoje à tarde uma sessão de esclarecimento.

 

O objectivo é criar condições no terreno para alojamento, alimentação, acesso à saúde e educação e trabalho tendo como base de apoio uma autarquia ou uma instituição e com vista à autonomia. No segundo ano de permanência em Portugal, o apoio deverá ser reduzido.

 

Foi também criada uma plataforma digital, com recurso a uma página electrónica (www.refugiados.pt) e às redes sociais: Facebook, Twiter e Instagram, para que possam ser partilhadas informações e imagens. 

 

No final do encontro, Rui Marques disse aos jornalistas que a expectativa é que os cidadãos oriundos de outros países comecem a chegar no final de Outubro.

 

Para já, a plataforma propõe-se criar condições para receber "com qualidade" cerca de 1.500 refugiados, embora não seja um número fechado.

 

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