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Governo e oposição concordam em receber mais imigrantes

Portugal deverá receber mais do que os 1.500 imigrantes definidos pela União Europeia. Tanto Passos Coelho como Poiares Maduro defenderam essa possibilidade, que vai ao encontro do que os principais partidos da oposição têm vindo a defender.

Reuters
03 de Setembro de 2015 às 18:38
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As posições entre Governo e oposição começam a aproximar-se no tema sensível da crise migratória que se vive na Europa. Inicialmente, os partidos da oposição começaram por defender que Portugal deveria acolher mais do que os 1.500 imigrantes atribuídos pela Europa a Portugal, em Julho. Agora, o Executivo concorda: Passos Coelho sublinha que "todos nós na Europa precisamos de fazer mais e melhor para resolver o problema das migrações".

 

"Tive oportunidade de dizer que a Europa precisava de olhar também para o fenómeno das migrações com outros olhos", afirmou o primeiro-ministro, num evento de campanha esta quarta-feira, em Lisboa. Hoje, o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro, admitiu que "Portugal, seguramente, tem disponibilidade para acolher um número maior de refugiados, esperando que essa mesma solidariedade e disponibilidade também exista por parte dos outros Estados europeus".

 

António Costa já defende há algum tempo que os imigrantes devem ser acolhidos, porque são uma oportunidade. "Acho que está aqui um bom exemplo de uma política onde Portugal podia ser pró-activo, demonstrando ter capacidade também de auxiliar outros países que necessitam de apoio e simultaneamente resolver um problema que nós temos", afirmou esta quinta-feira, num debate em Alverca. Uma das sugestões de Costa passa por colocar os imigrantes a fazerem a manutenção das florestas.

 

Costa referiu ainda que a ideia de que é possível travar os refugiados "é uma ideia errada. E mais, é uma ideia indigna da Europa porque a Europa tem de ser uma terra de acolhimento".

 

O Bloco de Esquerda defendeu, através da porta-voz, Catarina Martins, que é possível ser mais ambicioso: "se cada concelho português estivesse disposto" a receber 20 refugiados, como é o caso de Penela, isso "significava que podíamos receber mais de sete mil. E as pessoas em Portugal sabem que isso é possível e querem fazê-lo, são generosas". "Acho que Passos Coelho nesta altura devia olhar para Angela Merkel, que ofereceu ficar com 800 mil refugiados, era uma boa altura para seguir Angela Merkel", desafiou.

 

Já o PCP defende, numa nota colocada na sua página, que "o governo português deve, por razões humanitárias e por obrigação constitucional, tomar as medidas para dar o devido acolhimento a refugiados e imigrantes numa expressão da solidariedade do Estado português para com os povos vítimas das agressões e políticas".

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