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Espanha: Sondagem coloca PP à frente e Parlamento novamente dividido

A sondagem do CIS para o El País realizada em Abril mostra que o PP venceria as eleições, embora com o resultado pior do que em 20 de Dezembro. PSOE e Podemos também caem face às últimas eleições e Cidadãos é o único que sobe.

Reuters
06 de Maio de 2016 às 14:43
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O estudo de opinião realizado pelo CIS para o El País e publicado esta sexta-feira, 6 de Maio, mantém praticamente tudo na mesma relativamente ao que foram os resultados das eleições gerais espanholas que decorreram em 20 de Dezembro. O PP venceria com 27,4%, seguido pelo PSOE (21,6%), Podemos e respectivas confluências (17,7%) e Cidadãos (15,6%).

 

A sondagem foi conduzida entre os dias 1 e 10 de Abril e é o primeiro barómetro deste tipo realizado desde Janeiro. Sendo que nos primeiros dias de Abril os inquiridos não sabiam ainda que seriam mesmo agendadas novas eleições em 26 de Junho (26-J), decisão confirmada pelo rei Felipe VI na terça-feira, e também não tinham conhecimento da provável coligação pré-eleitoral entre o Podemos e a Esquerda Unida (IU, pró-comunista).

 

O Podemos e as três confluências regionais apoiadas pelo partido liderado por Pablo Iglesias – En Comú Podem, en Marea e Compromís – caem face à sondagem do CIS de Janeiro em que alcançaram 21,9% das intenções de voto, um resultado que então colocava o partido de extrema-esquerda à frente dos socialistas.

 

Já o PSOE subiu dos 20,5% conseguidos no estudo de Janeiro para 21,6%, assim recuperando a segunda posição. Ainda assim este resultado fica aquém dos 22% alcançados pelo partido chefiado por Pedro Sánchez nas eleições de 20 de Dezembro (20-D), que então configuraram o pior resultado dos socialistas desde a transição democrática.

 

Contudo, extrapolando face aos resultados desta sondagem, os votos do Podemos e da IU juntos permitem totalizar 23,1% das intenções de voto, o que deixa a coligação pré-eleitoral que os militantes e simpatizantes pró-comunistas aprovaram em referendo interno no último fim-de-semana como a segunda maior força no Congresso espanhol (equivalente à Assembleia da República).

 

Já os populares, do ainda primeiro-ministro em funções, Mariano Rajoy, caíram mais de meio ponto percentual face à sondagem de Janeiro para um resultado que se afasta dos 28,7% obtidos nas eleições gerais de 20-D. O El País nota que a sondagem foi realizada aquando da publicação dos chamados Papéis do Panamá, que acabaram por levar à demissão de José Manuel Soria, até então ministro da Indústria do Executivo de Rajoy, facto que poderá ter contribuído para a queda do PP.

 

Nota ainda para o Cidadãos que se mantém no estudo do CIS como a quarta força política espanhola. Mas os 15,6% atribuídos pelos inquiridos ao partido presidido por Albert Rivera mostram uma grande subida comparativamente com os 13,3% registado no estudo de Janeiro e também uma melhoria substancial em relação aos 13,9% obtidos em 20-D. 

A inexistência de um candidato a primeiro-ministro com o apoio necessário à sua investidura, decorrente de quatro meses de negociações inconclusivas, fizeram com que Felipe VI ficasse sem alternativa que não a da dissolução das Cortes e consequente agendamento de novas eleições gerais. Mas a confirmar-se um cenário próximo daquele que vem sendo apontado pelos estudos de opinião, as eleições de 26-J vão manter um Congresso altamente polarizado e sem uma coligação óbvia ou considera natural capaz de assegurar a formação de um Governo. Ainda assim os analistas acreditam que o próximo acto eleitoral, quer seja mais ou menos definidor, acabará por culminar num compromisso para a formação de Governo

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