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Tria nega ameaça de demissão e revela que o governo quer cortar dívida em 1% ao ano

Numa entrevista ao jornal Il Sole 24 Ore, o ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, negou que tenha ameaçado demitir-se após a aprovação do Orçamento, como foi noticiado no sábado.

EPA
Negócios com Bloomberg 30 de Setembro de 2018 às 19:01

O ministro italiano das Finanças, Giovanni Tria, defendeu que as metas para o défice fixadas pelo Governo transalpino não constituem um desafio aos limites da União Europeia e negou que tenha ameaçado demitir-se, como foi noticiado este fim-de-semana pelo jornal italiano, Il Messaggero. Os esclarecimentos do responsável das Finanças foram dados numa entrevista ao jornal Il Sole 24 Ore.

Na mesma entrevista, Tria também deu mais detalhes sobre o plano orçamental do Executivo italiano: o governo quer reduzir a dívida em 1% ao ano, ao longo dos próximos três anos, e tem como cenário de base um crescimento de 1,6% em 2019 e 1,7% em 2020.

"Nunca ameacei demitir-me", disse Tria ao Il Sole, citado pela Bloomberg. "A meta do défice de 2,4% é o resultado de negociações políticas, e posso garantir que não foram poucas".

Tria ficou sob pressão dos parceiros da coligação - o Movimento 5 Estrelas e a Liga - para aumentar a meta do défice de 1,6% - o valor que o ministro favorecia – para os 2,4% que foram acordados.

O jornal Il Messaggero noticiou no sábado que Tria estava descontente com o processo e planeava demitir-se depois da aprovação do Orçamento.

Numa entrevista ao jornal La Repubblica, Giancarlo Giorgetti, vice-presidente do Conselho de Ministros e membro da Liga, garantiu que a meta do défice – que foi mal recebida pelos parceiros europeus e pelos mercados - ainda poderá ser revista. "Se algo não funcionar, nós vamos intervir", assegurou.

Na entrevista publicada este domingo, Tria também prometeu que a dívida do país, actualmente acima de 130% do PIB, será reduzida.

"Estou perfeitamente ciente das preocupações da Comissão Europeia", disse Tria ao Il Sole. "Mas isto, definitivamente, não é um desafio à UE".

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