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Abertura dos mercados: Juros italianos continuam a agravar-se, mas bolsas recuperam. Petróleo mantém ganhos

A tensão em Itália continua a penalizar o juro que os investidores pedem por dívida italiana. No entanto, as bolsas europeias, incluindo a de Milão, recuperam das perdas da semana passada. O petróleo continua a registar ganhos.

Reuters
01 de Outubro de 2018 às 09:24
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,53% para 5.330,98 pontos
Stoxx 600 sobe 0,26% para 384,17 pontos
Nikkei valorizou 0,52% para 24.245,76 pontos
Yield a 10 anos de Portugal avança 0,7 pontos base para 1,885%
Euro recua 0,05% para 1,1599 dólares
Petróleo sobe 0,11% para 82,82 dólares por barril

Bolsas europeias sobem, excepto PSI-20
As bolsas europeias seguem em alta esta segunda-feira, dia 1 de Outubro, num dia em que as bolsas chinesas estão fechadas por causa de feriado nacional. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, valoriza 0,26% para os 384,17 pontos neste arranque do mês. O mesmo acontece na bolsa italiana, que alivia das perdas da semana passada, e nas restantes praças europeias. Este sentimento positivo acontece depois de ter sido firmado um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e o Canadá. 

Já a bolsa portuguesa negoceia em baixa ao ser penalizada pelo grupo EDP. O PSI-20 já tinha tido um Setembro negativo e arranca assim Outubro com o pé esquerdo. Esta manhã a EDP, uma das cotadas que mais penaliza a praça lisboeta, revelou que o Capital Group passou de uma posição de quase 10% no capital da eléctrica para menos de 3%.

Juros de Itália continuam a agravar-se
A tensão em Itália mantém-se, apesar do ministro das Finanças, Giovanni Tria, ter garantido que não irá sair do Governo, desmentindo aquilo que tinha sido dado como certo pela imprensa italiana. Tria garantiu ainda que o objectivo do Governo é reduzir a dívida pública, a segunda maior da Zona Euro, em 1% ao ano.

Apesar destes esclarecimentos, o facto de o défice ser de 2,4% nos próximos três anos - o que representa um agravamento e não um ajustamento orçamental - e da despesa subir de forma considerável são factores que encontrarão resistência em Bruxelas. Para já, os investidores continuam a penalizar o país, pedindo um juro maior pela dívida.

Os juros da dívida italiana a dez anos estão a subir 3,8 pontos base para os 3,185%, renovando máximos de Maio deste ano, altura em que a crise politica em Itália atingiu um dos seus picos. Já os juros da dívida portuguesa no mesmo prazo estão a subir 0,05 pontos base para os 1,1599%.

Euro em queda há quatro sessões
Uma das consequências desta turbulência em Itália é a queda da divisa europeia. O euro segue em baixa há quatro sessões consecutivas e está neste momento a negociar em mínimos de quase três semanas. O euro desvaloriza 0,05% para os 1,1599 dólares, mas já esteve a perder mais.

Na semana passada a divisa tinha registado uma queda de 1,2%. No entanto, isto acontece depois de ter tocado em máximos de três meses.

Petróleo renova máximos de 2014
O "ouro negro" continua a valorizar na expectativa de que os riscos do lado da oferta não se vão dissipar em breve. O terceiro trimestre, que acabou no final de Setembro, foi o melhor para o petróleo desde 2013. Tal deve-se a vários factores que estão a penalizar as expectativas da oferta de barris no mercado, o que leva à subida da cotação.

Em causa está, por exemplo, a queda das reservas norte-americanas de crude, a redução do número de plataformas dos EUA a produzir e a garantia dada pelos Estados Unidos de que não vão utilizar as reservas de emergência para contrariar o aumento do preço do petróleo. Por outro lado, as sanções norte-americanas no Irão também estão a ser um constrangimento para a exportações de petróleo iraniano assim como a crise na Venezuela.

Acresce que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não deverá em breve colmatar esta redução de barris no mercado, ainda que existam negociações entre Donald Trump e o rei da Arábia Saudita. Para já os preços deverão continuar em patamares elevados face ao que se registou nos últimos quatro anos. De facto, o petróleo continua a renovar máximos de 2014: o barril negociado em Londres está a valorizar 0,11% para os 82,82 dólares e em Nova Iorque sobe 0,12% para os 73,35 dólares.

Ouro desvaloriza há seis meses consecutivos
Não é um nem dois... são seis meses consecutivos em que o "metal precioso" desvalorizou. O mesmo é dizer que desde Março que o ouro não tem um mês positivo. No arranque de Outubro, a tendência não mudou: o ouro está a cair 0,28% para os 1.187,61 dólares por onça na expectativa de que a Reserva Federal continue a aumentar os juros, o que reforça a divisa norte-americana e penaliza a atractividade do ouro.
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