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Ministro das Finanças de Itália deverá abandonar o Governo após ter orçamento aprovado

Itália está sob todos os holofotes, depois de o Executivo ter apresentado as suas previsões macroeconómicas que colocam défice orçamental nos 2,4% do PIB. Um valor que supera bastante o objectivo do ministro das Finanças, Giovanni Tria, que, segundo a imprensa italiana, se prepara para sair do Governo depois da aprovação do Orçamento de 2019.

Reuters
29 de Setembro de 2018 às 15:29
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O ministro das Finanças de Itália, Giovanni Tria, não terá gostado do caminho seguido pelo Executivo no que toca às metas orçamentais e deverá abandonar o cargo depois do Orçamento de 2019 estar aprovado, revela o jornal italiano, Il Messaggero, citado pela Bloomberg.

 

As metas macroeconómicas colocam  défice orçamental de Itália nos 2,4% do produto interno bruto (PIB) e 2019, um valor que compara com os 1,6% desejados pelo ministro das Finanças. Contudo, os líderes dos dois partidos que formam a coligação do Governo – Luigi Di Maio (5 Estrelas) e Matteo Salvini (Liga) – terão insistido no aumento da meta do défice.

 

 

"A ideia que Tria partilhou com os colegas mais próximos é que vai esperar pela aprovação do Orçamento no Parlamento, de acordo com os desejos dos vice-primeiros-ministros Di Maio e Salvini, e depois sai", revela o Messaggero, sem revelar onde obteve a informação.

 

Esta informação está em linha com o que escreve o jornal La Repubblica, que diz que Tria poderá abandonar o Executivo depois da aprovação do Orçamento do Estado de 2019. Já o Il Sole 24 Ore diz que o Governo vai apontar para um crescimento económico de 1,5% em 2019.

A saída de Tria do Executivo italiano tinha sido já notícia esta semana, num relato que apontava para que as negociações dentro do Governo para estipular as metas para o défice estivessem a ser difíceis. A demissão acabou por não ser confirmada e o Governo avançou com a apresentação das metas.

 

Os números não foram recebidos pelos investidores com entusiasmo. Bem pelo contrário. A bolsa italiana afundou na sexta-feira e os juros dispararam. Um contexto que minou a confiança dos investidores e que penalizou os mercados europeus como um todo, fazendo as bolsas descer e pressionando a moeda única europeia.

 

Já este sábado, 29 de Setembro, Di Maio disse numa entrevista que "Giovanni deve ficar" como ministro das Finanças. "Continuamos a apoiar Giovanni Tria", acrescentou.

 

Nesta entrevista, citada pela Bloomberg, Di Maio realçou que o seu Executivo tem um plano de investimentos que ascendem a 15 mil milhões de euros e que o Orçamento de 2019 não será feito como um desafio a Bruxelas. "Vamos impulsionar o crescimento com investimento e com um maior crescimento baixamos a dívida", salientou.

 

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