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A semana em oito gráficos: Itália quebra bolsas e catapulta juros. Petróleo soma e segue

As bolsas do Velho Continente registaram uma tendência mista esta semana, mas com mais índices em baixa do que em alta no cômputo das cinco sessões. Já a diminuição de tensões EUA-China sustentou o dólar, ao passo que os receios em torno de um corte da oferta de crude por parte do Irão e da Venezuela impulsionaram os preços desta matéria-prima.

Bolsas do Velho Continente com tendência mista

Bolsas do Velho Continente com tendência mista
As principais praças da Europa Ocidental registaram uma tendência mista esta semana, mas com mais pendência para o vermelho. Em alta no saldo semanal estiveram apenas os índices britânico e português. As bolsas foram abaladas pelos receios em torno do orçamento de Itália para 2019, que prevê um défice superior ao que a Comissão Europeia pretendia.

PSI-20 avança 0,25% na semana

PSI-20 avança 0,25% na semana
O índice de referência nacional somou 0,25% no cômputo da semana, reduzindo para 0,53% a sua queda no acumulado do ano. A praça lisboeta foi sustentada sobretudo pela Galp Energia, o que compensou a perda superior a 1% do PSI-20 na sexta-feira muito à conta do BCP e EDP. Na quinta-feira, a eléctrica presidida por António Mexia disse que deverá ter prejuízos devido à disputa das rendas de energia com o Governo.

Galp Energia lidera subidas na praça lisboeta

Galp Energia lidera subidas na praça lisboeta
A Galp valorizou 4,05% na semana, sustentada pela subida dos preços do petróleo e também pela notícia de que o fundo de investimento norte-americano BlackRock mais do que duplicou a sua posição na petrolífera, passando a deter 5%.

Indivior penaliza desempenho do Stoxx600

Indivior penaliza desempenho do Stoxx600
A farmacêutica britânica Indivior foi a cotada com maiores perdas esta semana no índice de referência europeu Stoxx600, ao recuar 29,20%. A empresa cotada na bolsa de Londres foi sobretudo pressionada pelo facto de ter revisto em baixa as estimativas para as suas vendas.

A. O. Smith pressiona S&P 500

A. O. Smith pressiona S&P 500
A fabricante norte-americana de aquecedores e caldeiras residenciais e comerciais A. O. Smith Corporation perdeu 10,31% esta semana, tendo sido a cotada do Standard & Poor’s 500 que mais caiu, contribuindo para a perda agregada de 0,38% do índice. A penalizar a cotada estiveram vários “downgrades” por parte de casas de investimento depois da revisão em baixa das projecções para os lucros do terceiro trimestre.

Atenuar de tensões EUA-China sustenta dólar

Atenuar de tensões EUA-China sustenta dólar
O dólar registou um saldo semanal positivo face ao euro e à libra esterlina. Na sexta-feira estabeleceu-se em máximos de duas semanas no índice da Bloomberg que mede o comportamento da moeda americana relativamente a um cabaz das principais divisas mundiais, beneficiando do atenuar da disputa comercial com a China e das perspectivas de negociação de um acordo de livre comércio com o Japão. Já o euro teve a pressão suplementar do receio dos mercados quanto às consequências, para Itália e para a Zona Euro, provocadas pelos objectivos orçamentais do governo transalpino em funções há quatro meses.

Petróleo sobe com menor oferta do Irão e Venezuela

Petróleo sobe com menor oferta do Irão e Venezuela
O preço do Brent do Mar do Norte, crude de referência para as importações portuguesas negociado no mercado londrino, esteve em alta esta semana nos mercados internacionais e marcou o quinto trimestre consecutivo de subidas, naquela que é a mais longa série de valorizações desde 2008. A contribuir esteve a menor oferta do Irão devido às sanções dos EUA e também a redução das exportações da Venezuela por conta de perturbações na sua indústria petrolífera. Isto ao mesmo tempo que grandes produtores, como a Arábia Saudita e a Rússia, terem indicado não estarem preparados para colmatar essas perdas no mercado.

Juros italianos superam os 3% para máximos de quatro meses

Juros italianos superam os 3% para máximos de quatro meses
A mudança das prioridades orçamentais na Itália, aliada à possibilidade de que haja um aumento do endividamento da terceira maior economia do euro, penalizou a generalidade das dívidas soberanas no bloco da moeda única. A "yield" associada às obrigações de dívida soberana italiana superou novamente a barreira psicológica dos 3%, estando assim em máximos de 29 de Maio.
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As principais bolsas europeias transaccionaram no vermelho em saldo semanal, com excepção para as praças de Lisboa e de Londres.

 

O sector da banca foi o que mais penalizou, sobretudo na sexta-feira, com os bancos italianos a liderarem as perdas. Também o sector automóvel pressionou, numa altura em que os EUA e a União Europeia estão envolvidos numa disputa comercial que pode implicar a imposição de tarifas aduaneiras neste sector.

 

A justificar grande parte das quedas estiveram os novos objectivos fixados para o rácio entre o défice orçamental e o PIB por parte do governo transalpino. O défice de 2,4% definido para os próximos três anos ameaça abrir uma frente de "guerra" com Bruxelas e pode determinar uma inversão na trajectória de descida da dívida pública da Itália, a segunda maior da Zona Euro – logo atrás da Grécia.

 

Apesar de ter sido uma semana marcada pela incerteza em torno da política italiana e da disputa comercial promovida pelos Estados Unidos, o FTSE e o PSI-20 tiveram desempenhos positivos no saldo de segunda a sexta-feira, se bem que as subidas tenham sido pouco expressivas.

Já o aliviar de tensões EUA-China sustentou o dólar, ao passo que os receios de menor oferta no mercado do crude devido ao corte proveniente do Irão e da Venezuela impulsionaram os preços do petróleo.

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