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“Firmeza, sangue-frio e unidade”: o discurso de Hollande em homenagem aos polícias mortos

O presidente da França dedicou o elogio fúnebre aos agentes mortos nos ataques terroristas em Paris, na passada semana, a descrever a vida de Ahmed Merabet, Franck Brinsolaro e Clarissa Jean-Philippe e a explicar por que representam a República. Leia o discurso na íntegra.

13 de Janeiro de 2015 às 23:16
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Na homenagem nacional aos três polícias mortos em serviço - Ahmed Merabet, Clarissa Jean-Philippe e Franck Brinsolaro – condecorados esta terça-feira cavaleiros da legião de Honra postumamente, François Hollande traçou as suas vidas e explicou por que representavam o melhor da república francesa.

 

Clarissa, francesa nascida na Martinica, com 26 anos, Ahmed Merabet, francês filho de pais argelinos, de 40 anos, e Franck Brinsolaro, francês de 47 anos, polícia e quase jornalista, que começou como segurança e acabou como amigo de Charb, o redactor principal do Charlie Hebdo.

 

24 minutos de emoção e de defesa da República, elogiando os cidadãos e as forças policiais de França, que deixaram em lágrimas esta manhã de terça-feira, 13 de Janeiro, os colegas de Clarissa Jean-Philippe, a família de Ahmed Merabet e os companheiros de Franck Brinsolado.

 

Este é o discurso na íntegra, esta terça-feira publicado no site oficial da presidência francesa (o discurso original, em francês):

 

"Estamos reunidos aqui esta manhã, as mais altas autoridades do Estado, presidente do Senado, presidente da Assembleia Nacional, governo, todos os órgãos constitucionais,

 

Estamos reunidos esta manhã, sra. presidente da Câmara de Paris, sr. prefeito da Polícia, os responsáveis da segurança do nosso país,

 

Estamos reunidos esta manhã com as famílias enlutadas, com os parentes,

 

Estamos reunidos esta, manhã, com as senhoras e senhores polícias de Paris encarregados da nossa segurança,

 

Estamos reunidos esta manhã num local que é, desde 19 de Outubro de 1944, o símbolo da relação entre a República e a polícia. Foi daqui, desde pátio da prefeitura, que os polícias parisienses lançaram a semana gloriosa que conduziu à libertação de Paris.

 

Setenta anos depois, estamos hoje reunidos para prestar homenagem a Clarissa Jean-Philippe, a Ahmed Merabet, a Franck Brinsolaro, caídos quarta-feira e quinta-feira passadas sob as balas de terroristas. Esta mulher, estes homens, eram polícias. Partilhavam uma vontade: a de proteger os seus cidadãos. Tinham um ideal, o de servir a República. Morreram no cumprimento da sua missão com coragem, com bravura, com dignidade. Morreram sendo polícias.

 

Clarissa, Franck, Ahmed morreram para que nós possamos viver livres.
 

 

Às vossas famílias, parentes, asseguro que a França inteira partilha a vossa dor e a vossa pena. Clarissa, Franck, Ahmed morreram para que nós possamos viver livres. Foi isto que centenas de milhares dos nossos concidadãos quiseram expressar aos desfilar no domingo, por toda a França, ao erguerem-se em massa para partilhar o vosso sofrimento, para afirmar o seu compromisso para com a liberdade, democracia e fraternidade, para passar uma mensagem de gratidão também às forças da ordem.

 

Eles afirmaram o seu reconhecimento e o seu orgulho ao pensar primeiro naqueles que morreram pela República, nos que foram feridos para a defenderem, nos que realizaram o assalto em Dammartin-en-Goële assim como em Porte de Vincennes, em Paris, para libertar os reféns e para pôr fim a esta mortandade que resultou em 17 mortos em três dias.

 

Domingo passado, a França demonstrou a sua força face aos fanáticos. Ostentou a sua unidade face à dos divisionistas. Enviou a sua solidariedade em respeito a todas as vítimas do terrorismo: os jornalistas do Charlie Hebdo e os seus funcionários que estavam no local na quarta-feira, esta polícia municipal assassinada na quinta-feira, depois às vítimas da loja Hyper Cacher em Porte de Vincennes. Todas as vítimas, toda a França.

 

Domingo passado, a França demonstrou a sua força face aos fanáticos.
 

Clarissa, Ahmed e Franck, três funcionários que representam a diversidade das origens, de percursos, de missões, de forças de segurança do nosso país. Três polícias que ilustram o que é o profissionalismo, o que é a dedicação, o que é o apego aos valores que fundam a nossa República.

 

Esta manhã perante vós, perante a França, para que nada possa ser esquecido, para que tudo seja constantemente recordado sobre o que foi o seu sacrifício, o sentido da sua vida, o significado da sua morte, foram elevados ao grau de cavaleiro da Ordem da legião de Honra com distinção à Ordem da Nação.

 

Clarissa Jean-Philippe nasceu há 26 anos na Martinica, em Fort-de-France. Cresceu num bairro, o bairro Derière-Morne em Saint-Marie. Amava o seu bairro, amava a sua ilha, amava a França. Queria servir e procurava como ser útil. Muito jovem, Clarissa Jean-Philippe deixa a Martinica para a metrópole [Paris]. Forma-se na escola de polícia de Pantin. Demonstra, aí, muito rapidamente, qualidades para tornar-se uma excelente polícia municipal. É impaciente, é radiante, é ardente. Tem a destreza de colocar em prática, onde lhe dizem para ir, os conhecimentos que adquiriu na escola. É recrutada para Montrouge – os seus camaradas estão ali – como estagiária. Foi tão bem sucedida que tinha-se tornado efectiva no momento em que foi assassinada.

 

Clarissa Jean-Philippe nasceu há 26 anos na Martinica, em Fort-de-France. Cresceu num bairro, o bairro Derière-Morne em Saint-Marie. Amava o se bairro, amava a sua ilha, amava a França.

 

A sua responsabilidade era de assegurar a tranquilidade pública da sua cidade, à saída das escolas, nas vias de circulação, no contacto com os jovens, com as famílias, com os comerciantes, com os transeuntes. Uma polícia municipal que tinha de assegurar a segurança da via pública, nomeadamente após um acidente de circulação. Esta quinta-feira, Clarissa estava lá. Ela foi cobardemente morta pelas costas por um projéctil de grande calibre atirado pelo seu agressor.

 

Como justificar que se possa matar cobardemente uma mulher jovem de 26 anos, rica de todas as promessas de vida, dedicada aos outros? Como podemos compreender que um assassino cometa esta abominação? Qual pode ser o motivo de uma tal abjecção? Coloquemos a nós próprios estas questões. Simplesmente, cruelmente, apenas porque Clarissa vestia um uniforme, porque era polícia, porque ela era o símbolo da República.

 

Talvez haja uma outra explicação associada a esta? Ela estava lá para impedir um terrorista de ir ainda mais longe na sua loucura, de encontro à escola situada a algumas centenas de metros, que ela protegia com a sua presença. O inquérito o dirá. Foi portanto em martírio que Clarissa Jean-Philippe tombou na quinta-feira passada. O seu rosto, o de uma jovem ultramarina, orgulhosa de servir a sua cidade e o seu país. Este rosto iluminar-nos-á para sempre.

 

Ahmed Merabet nasceu em Seine-Saint-Denis, em Livry-Gargan, numa família de origem argelina. [A sua família] confiou-me que ele sempre quisera ser polícia, que trabalho muito para o conseguir, para concretizar a sua vocação de tornar-se um guardião da paz.

 

Ahmed Merabet nasceu em Seine-Saint-Denis, em Livry-Gargan, numa família de origem argelina. Tinha 40 anos, uma grande e bela família. A sua mãe, os seus irmãos, as sua irmãs, os seus tios, as suas tias, a sua companheira – uma bela família. Esta família acolheu-me no domingo, apesar do desgosto que os oprimia. Descreveu-me o funcionário dedicado que era Ahmed. Confiou-me que ele sempre quisera ser polícia, que trabalho muito para o conseguir, para concretizar a sua vocação de tornar-se um guardião da paz.

 

Ele estava prometido a um belo futuro. Tinha acabado de passar no concurso tão difícil de oficial da Polícia Judiciária e deveria ser alvo de promoção e de uma nova colocação. Ele era membro da brigada VTT do 10º bairro de Paris - os seus colegas estão ali, os colegas da sua esquadra. Ahmed era uma destas silhuetas familiares aos parisienses, o polícia que pela sua vigilância previne os incidentes, dissuade os delinquentes, interpela-os com eficácia em flagrante. Foi o que fizera corajosamente com os seus colegas há alguns meses.

 

Ahmed Merabet era um polícia exemplar, um homem justo e bom, de temperamento ponderado, capaz de apaziguar as situações mais difíceis.

 

Acabava de se instalar com a sua companheira numa casa em Livry-Gargan, perto da sua família. Efectuava uma das suas últimas patrulhas como guardião da paz. Ela foi, na realidade, a última.

 

Ahmed Merabet, francês de confissão muçulmana, era muito orgulhoso de representar a polícia francesa, os valores da República, a laicidade que faz com que no nosso país todas as crenças sejam respeitadas, todas as religiões sejam protegidas, todos os cidadãos, quer creiam ou não, vivam em conjunto a laicidade pela qual Ahmed Merabet também caiu.

 

A fatalidade quis que ele tenha atravessado a rota dos terroristas que fugiam num veículo após terem realizado o seu atentado infame contra Charlie Hebdo. Ahmed não sabia, sem dúvida, de nada do que se estava a passar ainda. Ele viu-os. Decidiu enfrentartá-los directamente, corajosamente. Decidiu heroicamente barrar-lhes a via. Atingido uma primeira vez por uma salva de tiros, manteve-se firme. Ele resistiu. Foi cobardemente executado com uma bala na cabeça quando estava por terra.

Ahmed Merabet pagou com a sua vida o seu compromisso. Ahmed Merabet, francês de confissão muçulmana, tinha muito orgulho de representar a polícia francesa, os valores da República, a laicidade que faz com que no nosso país todas as crenças sejam respeitadas, todas as religiões sejam protegidas, todos os cidadãos, quer creiam ou não, vivam em conjunto a laicidade pela qual Ahmed Merabet também caiu.

 

Ele sabia melhor do que ninguém que o islamismo radical não tem nada a ver com o islão, e que o fanatismo mata os muçulmanos. Isto é verdade em África,  é verdade no Iraque, é verdade na Síria, é verdade em França porque o jihadismo, o islamismo radical, castiga aquelas e aqueles que querem ser livres na sua fé, na sua crença, nas suas convicções. Aquelas e aqueles que querem ser livres simplesmente. Ahmed morreu por se lhes opor, a esses fanáticos, porque semearam a desolação, porque eram perigosos, porque tinham acabado de cometer o horror num jornal.

 

O seu sacrifício é também uma lição que nos dá, por recusar as amálgamas, por dispensar as confusões, por rejeitar as estigmatizações, por denunciar os actos anti-muçulmanos que são ao mesmo tempo atentados à República. O seu rosto, a sua recordação, continuará a iluminar-nos.

 

Em 2005, no Congo, Franck Brinsolaro possibilitou a evacuação de 35 crianças que eram ameaçadas pelos confrontos armados (...).

Foi por causa desta grande experiência que lhe foi confiada a responsabilidade de proteger Stéphane Charbonnier, Charb, o redactor principal do Charlie Hebdo.

 

Franck Brinsolaro era polícia há muito tempo, mais precisamente desde 1986. Franck entrou muito novo na polícia. Como guardião da paz, como o seu irmão gémeo Philippe. Começou a exercer a sua tarefa de guardar a região parisiense na brigada de vigilância da via pública de Bobigny, depois no seio da BAC de Seine Saint-Denis.

 

Ele tinha conseguido passar, com o seu trabalho, a prova de selecção para entrar no serviço de protecção das embaixadas e naquilo a que chamamos as missões de protecção vizinhas. Tornou-se um desses polícias que são especialmente treinados para a segurança de personalidades ameaçadas ou expostas a riscos especiais.

 

Essa tarefa requer um sangue frio, uma psicologia, um sentido aguçado de observação. Essa competência, essas qualidades, possuía-as Franck Brinsolaro no seu nível mais elevado. Ele destacava-se pelas qualidades humanas, apreciadas pelos seus colegas, mas sobretudo pelas personalidades que tinha a missão de proteger. Essa capacidade de empatia, essa gentileza, essa atenção ao detalhe minucioso que pode efectivamente representar um risco se não houver vigilância a todo o instante.

As pessoas que ele protegeu ao longo da sua carreira tinham confiança nele. Penso no magistrado anti-terrorismo do Parquet de Paris, no presidente do consistório israelita. Penso também nos nossos representantes nas embaixadas, os diplomatas que são expostos aos contextos mais delicados e mais perigosos.

 

Em Cabul, em 1996, Franck Brinsolado garantiu a reunião e a evacuação de 46 retornados franceses então expostos ao fogo dos talibãs. Já nessa altura, ele enfrentou o terrorismo.

 

No ano seguinte, ele e a sua equipa foram encarregues da segurança da Embaixada de França no Camboja, de proteger os cidadãos franceses. A embaixada recebeu 36 granadas, ele resistiu. Em 2005, no Congo, ele possibilitou a evacuação de 35 crianças que eram ameaçadas pelos confrontos armados entre as forças lealistas e os rebeldes.

 

Foi por causa desta grande experiência que lhe foi confiada a responsabilidade de proteger Stéphane Charbonnier, Charb, o redactor principal do Charlie Hebdo.

 

Uma a cada duas semanas, ele acompanhava-o por todo o lado, à redacção, nas suas deslocações, nas suas visitas a amigos. Só o abandonava à porta de casa, e nela entrava cada vez que pensava haver um risco.

 

Relações de amizade criaram-se ao fim de meses entre estes dois homens, Franck e Stéphane, assim como com o resto da redacção do semanário. Ele era polícia e, ao mesmo tempo, quase membro de uma redacção. Situação excepcional, que apenas ele poderia compreender, porque ao casar com Ingrid, redactora de um jornal – o Eveil normando – entrou, de uma certa maneira, na família de jornalistas.

 

Relações de amizade criaram-se ao fim de meses entre estes dois homens, Franck e Stéphane, assim como com o resto da redacção do semanário [Charlie Hebdo]. Ele era polícia e, ao mesmo tempo, quase membro de uma redacção.

 

Quando os terroristas irromperam nas instalações de Charlie Hebdo, Franck Brinsolaro, num último reflexo, ripostou para defender os que o rodeavam. Morreu de arma em punho. Os outros só tinham os seus lápis. Morreu pela liberdade, pela liberdade de expressão, aquela que vai até à insolência, até à impertinência para melhor expressar a independência. É em nome desta liberdade que nós somos a República.

 

Clarissa Jean-Philippe, Ahmed Merabet, Franck Brinsolaro, três polícias, três percursos, três rostos da França. A loucura terrorista, que os agrediu não tinha nem cor nem religião. Tinha somente a máscara do ódio, de um ódio que detesta o que a França representa, a diversidade, a democracia, o pluralismo, a laicidade, o ideal de paz.

 

Mas a França pode ser atacada, pode ser agredida, pode ser magoada como está hoje; a nossa grande e bela França não cede nunca, não quebra nunca, não se curva jamais. Ela resiste. Ela está de pé. A força obedeceu à lei graças às forças de ordem e aqueles que as dirigiram, polícias e agentes que realizaram os assaltos para neutralizar os assassinos.

 

Clarissa Jean-Philippe, Ahmed Merabet, Franck Brinsolaro, três polícias, três percursos, três rostos da França. A loucura terrorista que os agrediu não tinha nem cor nem religião.

 

Graças a eles, e graças a vós, foi a liberdade que ganhou sobre a barbárie e foi o povo de França que se ergueu para expressar perante os representantes de todo o mundo o seu compromisso a viver em conjunto na concórdia e na fraternidade.

 

A declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, a divisa da República, a letra do nosso hino nacional, não são só palavras, são ideias. As ideias que fundam a França, as ideias que merecem que nos batamos por elas, ideias que precisam de uma força pública para as defender. Vós sois esta força pública e essa força que queremos honrar e respeitar hoje.

 

Mas se esta batalha foi ganha, não acabámos com a ameaça. Ele está aí, por vezes longe de nós, situada no exterior das nossas fronteiras e então são os nossos soldados que se batem para a reduzir.

 

Ela ainda existe, no interior [no país] e devemos redobrar a vigilância, o que foi feito ao mobilizar todas as nossas forças para proteger os lugares sensíveis. 10.000 soldados foram chamados como reforços, agentes e polícias foram distribuídos sobre todo o território para garantir a segurança dos locais sensíveis.

 

São também os nossos serviços de informações que saúdo e que estão em alerta constante para prevenir qualquer atentado. Juntam-se ao Governo, ao Parlamento, com o conjunto de franceses, a tomar decisões úteis e eficazes para enfrentar as ameaças no respeito do Estado de direito que é este, que faz com que sejamos a República e que nos batamos sempre pela liberdade.    

 

O povo de França deu a mais magnífica reposta possível à prova que sofreu, rendeu a mais bela homenagem possível à polícia, aos agentes, a todos os que garantem a nossa segurança.

Devemos agir afirmando três princípios: a firmeza, é a condição de segurança, ser implacável face aos actos anti-semitas, anti-muçulmanos, ser intransigente perante a apologia do terrorismo e perante aqueles que a ele se entregam, nomeadamente aos jihadistas que a ele se dedicam no Iraque ou na Síria e que também de lá regressam.

 

O segundo princípio é o de agir com sangue-frio, serenamente, para adoptar as medidas adaptadas às circunstâncias e às ameaças sem fraqueza, mas também sem precipitação.

 

Por fim, a unidade, aquela que demonstrámos, que é a nossa arma mais sólida, que é a nossa força, esta reunião, o que os francesas são capazes de fazer quando o essencial  está posto em causa e que nos dá confiança no nosso futuro, que nos torna mais robustos, mais sólidos para enfrentar qualquer perigo que seja, porque nós somos a França. Um país que é sempre um ponto de referência para o mundo quando a liberdade é posta em causa.

 

O povo de França deu a mais magnífica reposta possível à prova que sofreu, rendeu a mais bela homenagem possível à polícia, aos agentes, a todos os que garantem a nossa segurança. Enviou uma mensagem também a todas as gerações, nomeadamente aos mais jovens, que numa provação como esta devem compreender o que se faz, o que se passa e o que está em causa, porque isso irá firmar o seu compromisso até ao final da sua existência.    

 

E se a França está de pé hoje, é porque estes polícias tombaram. Humilde honra de homens e de uma mulher, estes heróis chamam-se hoje Franck Brinsolaro, Ahmed Merabet, Clarissa Jean-Philippe.


 
François Hollande, presidente da França

 

Recordo-me das palavras de André Malraux, que escrevia a seguir ao atentado terrorista que enlutou o nosso país há muito tempo: ‘sabei que se temos feridos, nós os reergueremos;  se temos mortos, nós os sepultaremos. E, depois, depois combateremos porque as vítimas representam a dignidade humana, esse sentimento que transporta, como velhas mãos gastas pela vida, a humilde honra dos homens. É este que é o nosso combate, a humilde honra dos homens".

 

E se a França está de pé hoje, é porque estes polícias tombaram. Humilde honra de homens e de uma mulher, estes heróis chamam-se hoje Franck Brinsolaro, Ahmed Merabet, Clarissa Jean-Philippe.

 

Expresso-vos a minha gratidão. E declaro-vos também o meu orgulho – graças a vós, convosco, a França está de pé.

Viva a República e viva a França. "

 

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