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Eurogrupo mantém “porta aberta” para reabrir conversações com a Grécia

Concluída a reunião informal do Eurogrupo, que não contou com nenhum representante grego, Jeroen Dijsselbloem disse que o processo negocial “ainda não acabou, provavelmente nunca acabará”. O Eurogrupo considera que a decisão grega de abandonar as negociações foi “inoportuna” e que se era para agendar um referendo deviam tê-lo feito antes.

Reuters
27 de Junho de 2015 às 20:41
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Aparentemente o dia decisivo para a Grécia ainda não foi este sábado, 27 de Junho. Após duas reuniões do Eurogrupo, a primeira formal que contou com a presença do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, e a segunda de carácter informal, já sem qualquer representante da Grécia, a porta para mais conversações foi deixada aberta pelos 18 ministros das Finanças do bloco do euro.

 

A mensagem foi novamente trazida pelo líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que reiterou a "determinação política" das instituições europeias em tentar chegar a acordo com a Grécia. Quanto à ideia entretanto transmitida por Varoufakis, de se aproveitar o tempo que resta até terça-feira para melhorar a propostas apresentada pelos credores, Dijsselbloem lembrou que "desde o início disse sempre que a porta está aberta".

 

"Não foram as instituições que [esta sexta-feira à noite] se afastaram das negociações", apontou de seguida numa crítica à "decisão unilateral" do governo grego de convocar um referendo que, sabe-se agora, perguntará aos eleitores gregos se concordam que Atenas deve assinar a proposta das instituições que Varoufakis propõe agora melhorar. O político holandês reafirmou que a decisão de abandonar as negociações foi "inoportuna", mas salvaguardou que se for necessário o Eurgrupo voltará a reunir-se.

 

Pelo que o processo negocial entre as partes ainda "não acabou" afirmou Jeroen Dijsselbloem que depois, num tom irónico, previu que "provavelmente, nunca acabará".

 

No entanto, o líder do Eurogrupo avisa que há muitos cenários em cima da mesa, mas assegura que "se o governo grego prosseguir a decisão tomada ontem à noite [de convocar um referendo] o programa irá expirar" na terça-feira, dia em que Atenas tem de devolver um acumulado de obrigações gregas detidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que totalizam quase 1,6 mil milhões de euros.

 

As críticas à convocatória de um referendo não se ficaram por aqui. Dijsselbloem questionou a razoabilidade do pedido do governo grego de prolongamento de um mês do actual programa. "Por que devemos conceder mais tempo? Se era para esperar pelo resultado de um referendo, teria sido mais fácil se as autoridades gregas tivessem convocado o dito referendo mais cedo".

 

O representantes dos ministros das Finanças da moeda única disse também que nesta reunião a 18 foi discutida a melhor forma de "reforçar a cooperação e fortalecimento da nossa união monetária". O governante holandês realçou ainda que hoje o risco de contágio de uma eventual saída grega do euro é muito menor do que antes.

 

"Estamos em muito melhor forma do que há alguns anos atrás. Temos muito mais estabilidade. Em termos gerais temos muito mais instrumentos e as instituições estão preparadas para tomar qualquer acção que seja necessária".

 

Por fim, Jeroen Dijsselbloem fez questão de garantir que todos os Estados-membros do euro "estão disponíveis para recorrer a todos os instrumentos e acções parta assegurar a estabilidade" da Zona Euro, bem como para prestar "assistência à Grécia e ao povo grego" no caso do o programa em curso expirar.

 

Num comunicado emitido após a reunião do Eurogrupo, os 18 ministros das Finanças pedem que a  

Grécia que tome medidas para assegurar a estabilidade financeira. O Eurogrupo promete "acompanhar muito de perto" os desenvolvimentos financeiros e económicos na Grécia e estará preparado para reunir e tomar as decisões apropriadas no interesse da Grécia como um membro da Zona Euro.

 

 

 

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