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Governo grego “não tem mandato nem direito moral” para assinar um novo memorando
Num comunicado divulgado esta tarde, o governo grego explica as razões que o levaram a rejeitar a proposta dos credores para o prolongamento do actual programa de assistência financeira.
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O governo de Alexis Tsipras considera não ter um "mandato popular" nem "direito moral" para assinar um novo memorando, uma das razões que o levou a rejeitar a proposta das instituições credoras para o prolongamento, por cinco meses, do actual programa de assistência financeira.
"O governo não tem um mandato popular, nem direito moral, para assinar um novo memorando", declara o Executivo grego num comunicado divulgado esta tarde, onde expõe os motivos da recusa.
A extensão do actual programa de resgate implicaria a "legislação imediata de medidas profundamente recessivas" como pré-condição para cinco meses de financiamento que, "de qualquer forma, foram consideradas totalmente inadequadas", acrescenta o comunicado, citado pelo The Guardian.
O governo sustenta ainda que, se a proposta fosse aceite pelo governo e pelo parlamento, "as pessoas e os mercados enfrentariam mais cinco meses de contracção que conduziriam a novas negociações em condições de crise".
Isto porque o prolongamento do programa de assistência conduziria "com precisão matemática" a uma nova ronda de negociações e um novo memorando catastrófico no final do ano", conclui o governo.
Para colocar um ponto final no impasse em torno da Grécia e permitir ao país pagar a dívida que vence nos próximos meses, os ministros das Finanças da Zona Euro prepararam um documento com a proposta de prolongar até Novembro o actual programa de assistência financeira a Atenas. Segundo a oferta, nos próximos cinco meses, o país poderia receber 16,3 mil milhões de euros.
No entanto, a proposta foi imediatamente recusada pelo governo grego.